Com 23 anos, holandês não tem mais como conquistar o título deste ano e, com isso, não terá como bater recorde de Vettel
O abandono no GP da Emilia-Romagna, em Ímola, na Itália encerrou qualquer chance de Max Verstappen conquistar o título mundial de Fórmula 1 em 2020. Com 120 pontos de desvantagem para o líder da tabela Lewis Hamilton e apenas 104 pontos em jogo nas quatro provas restantes da temporada, o piloto da RBR não tem mais como alcançar o inglês. Com isso, o holandês não tem mais como se tornar o mais jovem campeão mundial da história da categoria.
Em 2016, no GP da Espanha, Verstappen quebrou o recorde de vencedor de corridas mais novo da história da F1, com apenas 18 anos, sete meses e 15 dias. No momento, com 23 anos, um mês e três dias, o holandês tinha a última chance de superar a marca de Sebastian Vettel, que conquistou o campeonato de 2010 aos 23 anos, quatro meses e 11 dias.
– Pelo menos eu sei que não vou mais falar sobre isso – tentou se consolar Verstappen após a corrida de Imola.
De 1972 a 2005, Emerson Fittipaldi foi o mais jovem campeão da história da F1, com 25 anos, oito meses e 29 dias. O brasileiro só perdeu o recorde quando Fernando Alonso conquistou seu primeiro campeonato, ironicamente, no GP do Brasil de 2005.
Depois que Alonso bateu a marca de Fittipaldi, Lewis Hamilton e Sebastian Vettel conquistaram o primeiro título com menos idade. Veja os mais jovens campeões da história da F1:
CAMPEÕES MAIS JOVENS DA HISTÓRIA DA FÓRMULA 1
POS. — PILOTO — PAÍS — TEMPORADA — IDADE
1° — Sebastian Vettel — Alemanha — 2010 — 23 anos, 4 meses e 11 dias
2° — Lewis Hamilton — Inglaterra — 2008 — 23 anos, 9 meses e 26 dias
3° — Fernando Alonso — Espanha — 2005 — 24 anos, 1 mês e 27 dias
4° — Emerson Fittipaldi — Brasil — 1972 — 25 anos, 8 meses e 29 dias
5º — Michael Schumacher — Alemanha — 1994 — 25 anos, 10 meses e 10 dias
Polêmica de Verstappen com o governo da Mongólia
A polêmica no atrito entre Max Verstappen e Lance Stroll no GP de Portugal ultrapassou o âmbito esportivo depois que o holandês da RBR utilizou a palavra “mongol” para ofender o rival da Racing Point. Após o incidente, o ministro de Relações Exteriores da Mongólia, Lundeg Purevsuren, repudiou o uso do termo e demonstrou intenção de levar o caso até a Organização das Nações Unidas, a ONU.
Na ocasião, na segunda sessão de treinos livres da etapa no Autódromo do Algarve, em Portimão, Verstappen colocou o carro na trajetória de Stroll, provocando uma colisão entre a dupla. Durante o incidente, o piloto da RBR xingou o canadense pelo rádio, chamando-o de “mongol” e “retardado”.
– O esporte é considerado um símbolo de unidade em todo o mundo, e acredito que não possa haver nele qualquer forma de discriminação racial. Apoio a iniciativa “We Race as One” da Fórmula 1 contra o racismo, mas devido ao incidente mencionado acima, dúvido que essa iniciativa seja real. Tenho confiança de que, para prever a recorrência desse tipo de comportamento, a FIA tomará ações contra Max Verstappen por seu comportamento inaceitável de uso repetido de linguagem racista contra grupos étnicos – declarou Lundeg Purevsuren.
Passadas quase duas semanas após a polêmica, a resposta da RBR e da própria Fórmula 1 diante das falas de Verstappen não agradaram Lundeg Purevsuren, que solicitou ajuda da ONU, baseando-se em acordos da entidade como a Eliminação de todas das formas de Discriminação Racial e os Princípios Orientadores sobre Empresas e Direitos Humanos para tomar ações contra o piloto.
Fonte: Globo Esporte
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