Jamaicano diz que só reparou na gravidade da situação quando o oponente caminhou para trás
A fratura na perna direita de Chris Weidman foi chocante através da televisão. E imagine para Uriah Hall, rival do americano, no UFC 261, do último sábado (24), em Jacksonville (EUA). O jamaicano – que ficou estático ao notar a gravidade da lesão, com apenas 17 segundos de luta -, conta que a cena remeteu automaticamente a de Anderson Silva que, em 2013, diante do próprio Weidman, se machucou da mesma forma.
“Foi muito infeliz, mas ao mesmo tempo feliz, porque uma vitória é uma vitória. Eu dizia mais cedo que, como um artista marcial, você sabe, é difícil aceitar isso. Por mais que eu deseje uma recuperação rápida, devo uma luta a ele no futuro, aonde quer que eu esteja no ranking. Foi uma vitória, mas de maneira muito ruim. Quando ele deu aquele chute, ouvi um pequeno estalo, pensei que era o barulho do golpe, porque você se prepara para o impacto. Já fiz isso no passado quando quebrei a perna de um companheiro de treino. Quando Weidman caiu para trás, eu fiquei assim: ‘Meu Deus, realmente aconteceu’. Todas essas emoções de quando o Anderson quebrou a perna vieram à tona. Essa foi a primeira coisa que pensei”, declarou ao Combate e divulgado na íntegra no site do Globo Esporte.
Último rival a encarar Anderson Silva no Ultimate, Uriah Hall também citou o fato de o caminho dos três se entrelaçarem, afinal, Weidman em 2013 foi o primeiro algoz do “Spider”, à época campeão peso-médio e invicto na organização. O “All American” tomou o título do brasileiro ao nocauteá-lo e cinco meses depois, venceu novamente devido à lesão do adversário.
“O mais bizarro da história é que Weidman foi o primeiro a nocautear Anderson Silva e eu fui o último a derrotar o Anderson. Ele quebrou a perna do Anderson… O que está acontecendo aqui? De alguma forma nossos caminhos continuam se cruzando. É difícil celebrar algo assim com essa infelicidade. Por mais que me sinta bem emocionalmente, fico meio assim, querendo ficar longe disso tudo. Treinei muito, agora tenho planos de visitar minha mãe, mas se alguma oportunidade surgir, vou sentar com meus técnicos e não vou fugir delas”.
UFC 261
24 de abril de 2021, em Jacksonville (EUA)
CARD PRINCIPAL:
Kamaru Usman venceu Jorge Masvidal por nocaute com 1m02s do R2
Rose Namajunas venceu Weili Zhang por nocaute com 1m18s do R1
Valentina Shevchenko venceu Jéssica Bate-Estaca por nocaute técnico aos 3m19s do R2
Uriah Hall venceu Chris Weidman por nocaute técnico aos 17s do R1
Anthony Smith venceu Jimmy Crute por nocaute técnico aos 5m do R1
CARD PRELIMINAR:
Randy Brown venceu Alex Cowboy por finalização aos 2m50s do R1
Dwight Grant venceu Stefan Sekulic por decisão dividida (29-28, 28-29, 29-28)
Brendan Allen venceu Karl Roberson por finalização aos 4m55s do R1
Pat Sabatini venceu Tristan Connelly por decisão unânime (30-27, 29-28 e 29-28)
Danaa Batgerel venceu Kevin Natividad por nocaute técnico aos 50s do R1
Rodrigo Vargas venceu Rongzhu por decisão unânime (30-26, 29-28 e 29-28)
Jeff Molina venceu Aori Qileng por decisão unânime (29-28, 29-28 e 29-27)
Ariane Sorriso venceu Na Liang por nocaute técnico com 1m28 do R2
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