A história e principais clubes do Brasileiro Feminino
O Campeonato Brasileiro Feminino tem se consolidado no calendário esportivo brasileiro. Confira como tem ocorrido essas transformações e como ocorreram as edições até aqui.
Origem do Brasileirão Feminino
A história do Campeonato Brasileiro Feminino pode-se dizer que começa em 1983, com a disputa da Taça Brasil. Foi a primeira competição feminina reunindo clubes de diversos estados do país. O torneio aconteceu até 2007, embora tendo ficado ausente em alguns anos deste período.
Em 2007 nasceu outra competição que também serviu como base para este Brasileiro, que foi a Copa do Brasil.
As edições Campeonato Brasileiro Feminino
O Campeonato Brasileiro Feminino foi disputado pela primeira vez em 2013. A competição era uma reinvindicação antiga das jogadoras, que não tinham um calendário decente no país e precisavam sair do Brasil para atuarem profissionalmente.
O começo foi modesto, mas depois disso foram muitas transformações até chegar ao produto que temos hoje, que está cada vez mais consolidado entre os fãs de esporte.
2013: O começo de tudo
A primeira edição do Campeonato Brasileiro Feminino foi com um formato que indicava que muita coisa ainda teria que mudar.
A disputa reuniu 20 clubes, distribuídos em quatro grupos de cinco. Era o começo de uma organização, mas ainda assim algumas equipes deixavam a competição com apenas quatro partidas disputadas.
Nesta edição ainda eram poucas camisas tradicionais participando. As poucas exceções eram Vasco da Gama, Botafogo-PB, Mixto e São José.
O Brasileirão teve ainda uma segunda fase com dois grupos de quatro e depois semifinais e final. Quem levou a melhor foi o Centro Olímpico, que superou o São José na final.
2014: Clubes tradicionais entram
Para 2014 o formato foi mantido. No entanto, equipes tradicionais como Náutico, Bahia, Sport, Avaí, Chapecoense, Botafogo e Portuguesa resolveram participar.
O feito aumentou a visibilidade, especialmente com o Alvinegro carioca chegando até a disputa da semifinal. Nesta edição quem foi campeão foi a Ferroviária, que bateu o Kindermann.
2015: Ideia do Draft
Novamente em 2015 o formato de disputa foi o mesmo. Só que nesta temporada a CBF teve a ideia de criar um Draft, no qual distribuiria atletas da Seleção Brasileira Permanente para os dois times que avançassem para a segunda fase.
Esta edição ficou marcada também pela entrada de Santos e Flamengo, que fizeram boas campanhas e passariam a investir mais forte no futebol feminino.
Na final desta edição o Rio Preto superou o São José e levantou a taça.
2016: Sucesso Rubro-Negro
O Campeonato Brasileiro Feminino 2016 teve ainda mais destaque que o de anos anteriores. Isso porque o Flamengo montou um time forte e fez uma grande campanha, resultado em aumento de audiência e interesse dos torcedores.
O Rubro-negro inclusive levantou a taça de campeão, se tornando o primeiro clube a vencer um Campeonato Brasileiro tanto no masculino, quanto no feminino. Feito que depois seria repetido por Santos e Corinthians.
2017: Primeira mudança
Em 2017 o Campeonato Brasileiro Feminino teve a primeira transformação. Por um lado, o número de clubes foi reduzindo, caindo de 20 para 16 participantes. Só que por outro, todas as equipes passaram a ter um calendário maior.
Isso porque neste formato eram 16 times divididos em duas chaves, no qual todos do grupo se enfrentavam no sistema de ida e volta. Desta forma todos tinham garantidos pelo menos 14 partidas.
A competição ganhou ainda mais importância por conta das entradas de Corinthians e Grêmio. Já o destaque foi a brilhante campanha do Santos, que conquistou o título ao superar o Corinthians na final.
2018: Corinthians campeão
No ano seguinte o formato se manteve e algumas equipes se consolidaram como grandes forças do futebol feminino. Uma dessas foi o Corinthians, que sofreu apenas uma derrota ao longo de toda a campanha e conquistou o primeiro título nacional da história.
2019: Grande evolução
Para 2019 a competição finalmente ganhava cara de um Campeonato Principal. O número de jogos garantidos para cada equipe variou pouco, passando de 14 para 15 jogos na primeira fase, porém, a partir desta disputa todos os 16 clubes participantes se enfrentariam pelo menos uma vez.
Depois disso tem o mata-mata, com quartas, semifinais e final, em um formato que segue até os dias de hoje.
Nesta edição melhor para a Ferroviária, que derrotou o Corinthians na decisão.
2020: Começo da hegemonia do Corinthians
Com o formato consolidado, o Campeonato Brasileiro Feminino em 2020 viu uma disputa de camisas pesadas. Corinthians, Santos, Internacional, Palmeiras, São Paulo, Grêmio, Flamengo e Cruzeiro lutaram ponto a ponto por vaga no mata-mata.
Só que quem levou a melhor mais uma vez foi o Corinthians, que foi campeão em cima do Kindermann.
2021: Paulistas no topo
No ano seguinte o Campeonato Brasileiro Feminino foi dominado por clubes paulistas. Corinthians, Palmeiras, São Paulo, Santos e Ferroviária fizeram as cinco melhores campanhas da primeira fase.
Já o título novamente ficou com o Corinthians.
2022: Grande investimento
Em 2022 o Campeonato Brasileiro Feminino foi marcado pelo equilíbrio devido ao grande investimento feito por diversas equipes. Os principais destaques foram as campanhas de Palmeiras, São Paulo, Internacional e Corinthians, que chegaram nas semifinais.
Clubes com mais participações
Somente um clube disputou todas as 10 edições do Campeonato Brasileiro Feminino. Foi o São José, que esteve presente entre 2013 e 2022 e por duas vezes ficou com o vice.
Ferroviária e Kindermann aparecem logo atrás, com nove participações. Já Flamengo, Iranduba e Santos estiveram presentes em oito temporadas.
Ao todo pelo menos 29 clubes disputaram ao menos uma edição do Campeonato Brasileiro Feminino.
Maiores campeões
O maior vencedor da história do Brasileirão Feminino é o Corinthians. O clube garantiu o título em 2018, 2020 e 2021. Logo atrás vem a Ferroviária, que levantou a taça em 2014 e 2019.
Mais três paulistas conquistaram a competição. O Rio Preto (2015), Centro Olímpico (2013) e o Santos (2017).
O Flamengo é o único clube de fora de São Paulo que já conquistou o título do Campeonato Brasileiro. O Rubro-negro levou a melhor em 2016.
Divisões de acesso
Com o crescimento do futebol feminino e a obrigatoriedade de equipes das Séries A e B do masculino de terem uma equipe para a disputa, a CBF criou outras duas divisões do Brasileirão Feminino.
A Série A-2, que é disputada desde 2017, com equipes que caem da elite e sobem do terceiro nível. E a Série A-3, criada em 2022 para ser realizada com os melhores times dos estaduais que não possuem divisão.