Tite comenta sobre a seleção da Itália, França e Bélgica, mas acha difícil dizer qual é a melhor do mundo

Tite está no comando da seleção brasileira desde 2016
Tite está no comando da seleção brasileira desde 2016 — Foto: Getty Images

Treinador comenta que Neymar é o melhor jogador e faz elogios ao amadurecimento do craque

O calendário de jogos entre seleções foi um dos mais afetados pela pandemia do novo Coronavírus, fazendo com que as eliminatórias para a Copa do Mundo de 2022 tivessem início adiado, assim como competições como a Euro e a Copa América. Por isso, o treinador Tite considera difícil indicar qual a melhor seleção do mundo no momento. É o que o comandante da seleção brasileira afirmou ao site da Fifa e foi divulgada no site do Globo Esporte.

Tite indicou que as equipes europeias entraram mais em campo após a paralisação do ano passado, se comparados aos times da América do Sul, e por isso seria “difícil dizer” que time está no topo do planeta hoje. Porém, rasgou elogios à fase da Itália, citando ainda a atual campeã mundial França e a Bélgica, algoz brasileira na Copa de 2018.

“A Itália voltou a jogar, para mim, um futebol muito mais bonito de assistir. Mancini fez um ótimo trabalho. Ele instalou uma escola de futebol como Arrigo Sacchi. Acho que eles têm um equilíbrio maior entre o jogo defensivo – caracteristicamente, historicamente pelo que são conhecidos – e o jogo ofensivo. A Bélgica ainda tem essa grande geração. É uma grande equipe, tem um grande talento individual e é um dos jogadores mais talentosos do mundo em De Bruyne. A França também é muito forte”.

Tite também opinou sobre os destaques entre os atletas, indicando que o goleiro Alisson é “sem dúvida” um dos três melhores de sua posição, embora os momentos variem. Ao falar dos jogadores em geral, exaltou Neymar, Lewandowski e De Bruyne – em quem votou na última edição do prêmio The Best, e manteve o brasileiro no topo da lista.

“Eu diria que os três em que votei, Neymar em primeiro, Lewandowski em segundo, e De Bruyne em terceiro. Antes de se lesionar, Neymar estava, mesmo para seus próprios padrões, em uma forma fantástica. Lewandowski é um atacante incrível. De Bruyne é capaz de fazer coisas que outros não podem. Sua improvisação, sua determinação. Adoro vê-lo jogar”.

O treinador brasileiro fez elogios ao grande astro de seu time, com quem vem trabalhando desde 2016, quando assumiu a Seleção. Tite indicou que neste período, enxergou um amadurecimento do camisa 10 do Brasil dentro de campo, com uma mudança de estilo que o deixou ainda mais versátil.

“O Neymar amadureceu muito. Antes, quando ele estava no Barcelona e nos meus primeiros dias na Seleção, ele era um jogador que ia para a ala, fazia gols, tinha ritmo, driblava, fazia jogadas individuais. Agora ele ampliou a área em que atua e além de artilheiro, cria jogadas para os demais. Ele agora é o que chamamos de ‘arco e flecha’ – ele pode armar e terminar as coisas. Ele aumentou seu arsenal”.

Com quatro vitórias nas quatro primeiras rodadas das eliminatórias sul-americanas, a seleção do Brasil começou bem a trajetória rumo ao Catar, no ano que vem, e Tite pontuou que se surpreendeu positivamente com a qualidade mostrada pela Seleção em três partidas, contra Bolívia, Peru e Uruguai. E indicou que os próximos confrontos, contra Colômbia e Argentina, nos dias 26 e 30 deste mês, têm grande dificuldade pelo equilíbrio nos últimos jogos diante dos colombianos e a eterna rivalidade com os argentinos.

“Os clássicos tradicionais, Brasil x Argentina e Brasil x Uruguai, têm um elemento histórico muito forte e a Argentina tem ótimas individualidades. Para mim, Brasil x Argentina, além de ser uma eliminatória da Copa do Mundo, é outra competição em si”, opinou.

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