Paulista disputa o Challenger de Campinas nesta semana
Thomas Bellucci começou a temporada 2020 com a esperança de superar um 2019 “nada bom”, conforme ele mesmo definiu ao final do ano passado. A tentativa iniciou bem. Logo no começo do ano, em fevereiro, ao avançar nas semifinais do Challenger de Cleveland, nos Estados Unidos, o atleta conquistou seu melhor resultado no circuito em dez meses e também voltou ao top 300 do ranking mundial.
No entanto, pouco tempo depois, a pandemia do novo Coronavírus complicou os planos do ex-número 21 do mundo. Passados mais de seis meses de interrupção, o paulista conseguiu finalmente retornar às competições em setembro, porém os resultados ficaram aquém do aguardado.
Ao longo de sua participação na 10º edição do Challenger de Campinas, que ocorre nesta semana nas quadras de saibro da Sociedade Hípica, Bellucci falou com o Globo Esporte e não encobriu a frustração pela forma como competiu nesse retorno.
Segundo o atleta, uma das maiores complicações encaradas durante esse período sem atuar foi conseguir manter a forma física, o que espelhou nos resultados.
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“Neste ano, estava com uma expectativa maior, de conseguir jogar o ano inteiro bem. Até que comecei bem o ano, tive alguns bons resultados, e daí veio a pandemia. Fiquei mais de seis meses sem competir e depois que voltaram as competições, não voltei competindo bem. ”
“Não consegui me manter em forma durante a pandemia, isso foi um problema também. Tudo fechado aqui no Brasil, então foi difícil manter a forma da mesma maneira que eu comecei a pandemia. Foi difícil jogar os primeiros torneios”, falou Bellucci.
O problema com a parte física, porém, não foi o único empecilho apontado na retomada dos confrontos. Para o atleta, a volta do circuito foi diferenciada, uma vez que nem todos os tenistas puderam retornar a competir logo de cara.
“Desigual porque alguns jogadores teriam mais dificuldades para viajar do que outros. Nós brasileiros, por exemplo, teríamos bastantes dificuldades de entrar em outros países para competir, enquanto o europeu e o norte-americano não teriam dificuldade alguma. Ainda acho que, para nós, está mais difícil de jogar. ”
Metas
Natural de Tietê, Thomaz conquistou sua melhor posição no ranking em 2010, quando foi considerado o 21º melhor jogador do mundo. De uns anos para cá, se envolveu com doping e sofreu lesões, o que dificultou a voltar ao nível de antes.
Aos 32 anos, ocupa atualmente o 282º lugar na lista mundial. Assim, seu calendário é com base principalmente nos torneios nível Challenger. No entanto, o paulista acredita que o ano que vem pode marcar uma reviravolta positiva em sua trajetória e assegura que se manterá focado para voltar às competições maiores e ao top 100.
“Acredito que pode ser um divisor de águas, mesmo porque já estou há dois, três anos jogando hallengers. […] Sempre busco jogar os torneios mais fortes. Se eu conseguir melhorar um pouco no ranking, vou até tentar jogar os qualifyings dos ATPs, que é onde eu rendo melhor. Esta sempre foi a minha mentalidade: estar sempre jogando com caras melhores que eu, para conseguir um nível cada vez maior. ”
Bellucci ressalta por fim, que o maior foco no momento é alinhar os aspectos de seu jogo. “Estou confiante que vou retornar para o top 100 no ano que vem. Acho que o maior foco agora nem é tanto o ranking, mas, sim, os aspectos técnico e físico estarem alinhados e eu estar confiante que estou no caminho certo. Acho que o caminho é mais importante do que propriamente só os resultados.”
Em Campinas, Thomaz Bellucci estreou com vitória o quali argentino Camilo Carabelli por 6/1 e 6/4 na última segunda-feira (30). Classificado para as oitavas de final, ele agora enfrentará o egípcio Mohamed Safwat, cabeça de chave 5 do torneio. O duelo vai acontecer amanhã (3) no período da tarde.
Fonte: Globo Esporte