Após ser vista com desconfiança por conta de uma grave lesão no joelho, central se reinventa e se firma como melhor jogadora do país: “As pessoas não acreditavam que eu voltaria a jogar”
Houve quem estranhasse as lágrimas logo após o fim. Mas, por trás do choro, Thaisa recontava os passos até chegar ao pódio montado na quadra em Saquarema. O título, a festa, os prêmios em mãos. Eleita a MVP e campeã da Superliga com o Minas, a central fez do pranto um desabafo. Ali, voltou no tempo à grave lesão que sofreu no joelho esquerdo em 2017, quando jogava na Turquia. Não foram poucos os que decretaram o fim da carreira da bicampeã olímpica. Hoje, quase quatro anos depois, celebra o status de melhor jogadora do Brasil na atualidade.
– Para mim, foi uma superação muito grande. Eu passei por uma situação que as pessoas não acreditavam que eu voltaria a jogar. E os que acreditavam não acreditavam que eu voltaria em alto nível. Então, graças a Deus, é um desabafo. Eu não teria conseguido nada se não fosse meu time, esse prêmio é nosso. Eu preciso de todas jogando bem para que eu consiga sobressair. Eu sou muito feliz e grata ao meu time, ao meu noivo, à minha família. Porque eles sabem o que eu passo quando ninguém está vendo. Lá em casa, quando eu estou chorando, quando eu estou com dor, quando estou com dúvida, quando eu vejo os “haters” falando um monte de coisas horrorosas. Essas lágrimas são de “eu consegui”, “eu ajudei”. De superação.