Desde 2000, quando astro era novato e reserva, franquia não perdia cinco dos sete primeiros jogos
Todos sabiam que substituir o quarterback mais vencedor da história do Super Bowl não seria fácil para os Patriots. Afinal, foram 20 anos na casa e seis títulos de Tom Brady em New England. Mas poucos esperavam um início tão ruim e uma coincidência tão grande: as duas vitórias e cinco derrotas nos sete primeiros jogos da temporada 2020/2021 da NFL são idênticas à campanha de 2000/2001, última temporada da franquia sem Tom Brady como titular.
Tecnicamente, Brady já estava no elenco dos Patriots naquele ano, mas era um novato e reserva do titular absoluto Drew Bledsoe. O quarterback só entrou em campo uma vez, nos minutos finais de uma derrota para o Detroit Lions. Ele assumiria as rédeas do time em 2001, quando Bledsoe se lesionou na segunda partida, e não perderia mais a posição até este ano, quando encerrou seu contrato com New England e assinou com o Tampa Bay Buccaneers. Nesses 19 anos, Tom Brady comandou os Patriots a seis títulos e nove aparições no Super Bowl.
Em 2000, após começar a temporada com duas vitórias e cinco derrotas, os Patriots terminaram o campeonato em último lugar na divisão AFC Leste, com cinco vitórias e 11 derrotas. Foi a última vez que a equipe teve uma campanha negativa, e desde então New England só ficou fora dos playoffs duas vezes: em 2002/2003 e em 2008/2009 – nesta ocasião, Brady se lesionou no primeiro jogo e perdeu o restante da temporada.
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Os Patriots de 2020 ainda acreditam que não vão repetir o destino da equipe de 2000. O time se encontra numa série de quatro derrotas consecutivas após vencer dois dos três primeiros jogos, período marcado por um surto de Covid-19 no elenco que causou o adiamento de duas partidas. Cam Newton, ex-MVP da NFL contratado para substituir Brady, foi um dos infectados e teve duas atuações ruins seguidas; no último domingo, mostrou evolução contra o líder da divisão, Buffalo Bills, mas sofreu um fumble decisivo na reta final.
“O lado otimista é que eu me senti mais confortável (contra os Bills) e evoluí, trabalhando com Josh (McDaniels, coordenador ofensivo), com Jedd (Fisch, treinador de quarterbacks) e voltando a jogar futebol inteligente. Mas uma jogada pode alterar a sensação de uma pessoa pelo jogo inteiro e isso é chato, mas é o que esse jogo é”, analisou Newton no programa de rádio “The Greg Hill Show”.
O quarterback mostrou confiança numa recuperação dos Patriots a partir da próxima partida, contra o New York Jets, lanterna da NFL com oito derrotas em oito jogos.
“Sinceramente, quando olho para o vestiário, é um monte de caras dando um esforço supremo. No fim das contas, neste jogo o que importa é a produção coletiva e esta série de derrotas afetou todo mundo. Mas não acho que ninguém recolheu a barraca e disse: ‘Vou desistir'”.
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