Santos atropela Boca com 3 a 0 e fará final da Libertadores contra Palmeiras

Soteldo comemora gol do Santos contra o Boca Juniors na semifinal da Libertadores
Soteldo comemora gol do Santos contra o Boca Juniors na semifinal da Libertadores. Foto: Andre Penner ? Pool/Getty Images

Peixe chega à sua quarta decisão ao vencer o Boca Juniors

Aos que se assustaram com o desempenho do River contra o Palmeiras na última terça-feira (12), podem esfriar a cabeça. O Santos não só foi superior, como venceu por 3 a 0 o Boca Juniors na noite de ontem (13), na Vila Belmiro, pelo segundo jogo das semifinais da Libertadores.

Diego Pituca, Soteldo e Lucas Braga fizeram os gols da vitória. O resultado levou o time do treinador Cuca à decisão contra o Palmeiras, em jogo único, no próximo dia 30, no Maracanã.

Os argentinos até tentaram encontrar espaços, mas sem chances. A equipe de Cuca estava com a defesa totalmente blindada. João Paulo, quando acionado foi providencial. Luan Peres e Lucas Veríssimo, que teve sangramento na cabeça após de machucar, tiveram uma noite perfeita.

Envolvidos no jogo do Peixe, o Boca pegou pilha e procurou jogo. Tentou apelar para a provocação, mas nem um jogador deu bola. Fabra tentou passar por Marinho, mas fez dura falta no atacante e ainda deu um pisão, por isso acabou expulso e o Santos saiu em vantagem.

Santos ligado nos 220v

Três minutos de jogo foram suficientes para o Santos dar o primeiro susto no Boca. Marinho acertou a trave e deixou o rebote para Diego Pituca, que mandou para longe. Na sequência, duas roubadas de bola e uma falta recebida.

O time de Cuca iniciou totalmente elétrico. Inclusive, os santistas sequer ligavam para as provocações dos argentinos. Corriam muito, mas muito. Kaio Jorge, por exemplo, aparecia em todas as partes do campo. Ligeiro, roubava bola, dava trabalho e buscava jogo.

Diego Pituca foi o responsável por abrir o placar depois de um lance um pouco estranho. Os argentinos pediram falta alegando mão na bola de Soteldo, porém o árbitro desconsiderou. Enquanto reclamava, o volante aproveitou a oportunidade e balançou as redes.

Susto na Vila

O zagueiro Lucas Veríssimo se chocou no alto com Soldano e abriu um corte em sua cabeça. O sangue foi tanto que o defensor precisou trocar de camisa e fazer um rápido curativo para continuar na partida. Após um ponto falso e novo uniforme, Lucas retornou para o jogo.

Paredão santista

Todas as divididas eram do Santos. Os argentinos pressionavam, mas não encontravam espaços. Nenhuma facilidade para chegar na defesa. João Paulo estava tranquilo, pouco acionado devido as ótimas atuações dos zagueiros. Lucas Veríssimo e Luan Peres formaram um paredão, nada passava por ali.

O Peixe estava muito superior tanto tecnicamente quanto taticamente. Se destacava pela raça e vontade de encontrar o segundo gol. Qualquer bola no pé era oportunidade para arriscar tudo que podiam. Enquanto isso, os argentinos terminaram a primeira parte sem nenhum chute no gol.

E de tanto arriscar…

Soteldo, de longe, viu a oportunidade e não desperdiçou. Logo aos três minutos do segundo tempo, o jogador deixou o dele. A bola voltou ao meio-campo e minutos mais tarde: gol de Lucas Braga.

O clima era de final. O Santos estava focado e totalmente determinado a ir até a final da Copa Libertadores da América. Na arquibancada, os jogadores que não foram relacionados, a assessoria do clube e mais alguns membros da direção fizeram uma grande festa.

Menos 1

Totalmente desestabilizado, o Boca pegou pilha. Envolvido no jogo do Peixe, rodavam a bola para lá e para cá, mas não levavam perigo. Fabra tentou passar por Marinho, mas fez dura falta e pisou no jogador, por isso recebeu cartão vermelho.

A equipe argentina se recuperou e foi para cima. Abila encontrou Campuzano perto da área, que ajeitou para Salvio livre. Ele bateu, mas João Paulo fez bonita defesa para impedir. A bola explodiu e sobrou, Tévez encheu o pé, a bola rebate e a marcação tira. O Santos tomou três sustos mas seguiu com sua defesa blindada.

Entregue

Com um a menos, o Boca viu o Santos não diminuir o ritmo. E por isso, foi se entregando ao resultado. Diminuiu a passada, controlou o que pôde para não deixar a equipe de Cuca avançar ainda mais, mas se tornou apático. Agrediu muito pouco. Com isso, viu os brasileiros partirem rumo à final da Libertadores.

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