Santos se classifica, mas precisa tirar lições em empate com o San Lorenzo

Santos x San Lorenzo: Ariel Holan à beira do gramado
Santos x San Lorenzo: Ariel Holan à beira do gramado — Foto: Staff Images / CONMEBOL

Peixe sofre mais do que o necessário, mas vai à fase de grupos da Libertadores

O Santos empatou por 2 a 2 com o San Lorenzo na noite desta terça-feira (13), em Brasília, e avançou à fase de grupos da Libertadores. E no fim das contas, talvez seja isso o que mais importe para o torcedor, mas o Peixe precisa tirar lições do jogo no Mané Garrincha.

Depois de ter vencido por 3 a 1 na Argentina, o Santos podia ser derrotado por 2 a 0 que se classificaria para a fase seguinte da Libertadores. Um desavisado pode se perguntar: “Mas se a vantagem era tão grande e a partida terminou 2 a 2, o que teve de ruim?”.

A começar pela escalação. O treinador Ariel Holan explicou em entrevista coletiva que optou por Pará na lateral esquerda e Felipe Jonatan como volante, com Madson na direita, porque o volante Ivonei está voltando de uma lesão na coxa e com a formação utilizada aumentaria a estatura de sua equipe.

Na prática, porém, não deu certo. Com Ivonei, mesmo que sem aguentar os 90 minutos, Jean Mota ou até Kevin Malthus no banco, Ariel Holan não precisaria ter improvisado. Ou poderia, de repente, ter apenas colocado Pará ou Madson no meio, improvisando apenas em um setor, não em dois.

Em campo, o Peixe não pareceu estar tão encaixado quanto em jogos recentes ou até como na partida de ida contra o San Lorenzo. Muito também, por uma noite ruim individualmente de peças importantes: Soteldo, pela esquerda, segurou demais a bola quase sempre, enquanto Marinho não apareceu tanto pela direita.

Mesmo sem o tal encaixe, o Santos conseguiu ser melhor que o San Lorenzo e abrir 2 a 0. A classificação, inclusive, parecia muito tranquila e como já dito, talvez seja isso o que realmente importe para a maioria dos torcedores do Peixe.

O desempenho, porém, caiu – e muito – na segunda etapa. As modificações não surtiram efeito; aliás, surtiram um efeito negativo. Jean Mota entrou no lugar de Pirani, Lucas Braga no de Marinho, Luiz Felipe no de Madson, Kaio Jorge no de Marcos Leonardo e Copete no de Soteldo.

O Santos levou o empate e poderia ter sofrido ainda mais se não fossem as belas defesas do goleiro João Paulo. Ofensivamente, o Peixe parecia ter perdido ainda mais do pouco encaixe que teve na primeira etapa. Desperdiçou contra-ataques, não conseguiu segurar a bola no campo ofensivo e errou diversas transições entre os setores.

O intuito não é “detonar” o bom trabalho do treinador Ariel Holan no Santos. É possível dizer, entretanto, que as escolhas do técnico contra o San Lorenzo não foram as melhores, sem minimizar tudo de bom que ele tem feito até então. E os atletas, é claro, têm sua parcela de culpa nos sustos.

A noite em Brasília, porém, reservou espaço também para grandes atuações de Gabriel Pirani (tem sido rotina), João Paulo e Marcos Leonardo. O trio foi o melhor do Peixe durante todo o jogo contra o San Lorenzo e merece o destaque.

Agora, o Santos tem pouco tempo até o jogo de sexta-feira (16), contra a Ponte Preta, pelo Paulistão, e para absorver todas as falhas cometidas diante do San Lorenzo.

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