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Saída de Vagner Mancini: veja os bastidores

  • 3 min read
Vagner Mancini, técnico do Corinthians, no jogo contra o Palmeiras

Treinador não está mais no comando do Corinthians após derrota para o Palmeiras

Vagner Mancini viveu seus últimos momentos sob comando do Corinthians na noite do último domingo (16), na Neo Química Arena, em Itaquera. O treinador foi comunicado sobre sua saída pouco após a derrota para o Palmeiras, por 2 a 0, pelo jogo da semifinal do Campeonato Paulista.

Foram momentos de abatimento, decepção e da concretização do que já vinha sendo notado internamente há muito tempo: o trabalho sofreu um desgaste forte nas últimas semanas, acentuado pela eliminação do time na Copa Sul-Americana, com goleada sofrida para o Peñarol, no Uruguai. O Corinthians ainda fará duas partidas pela fase de grupos do torneio, mas não tem mais possibilidades de classificação.

A derrota do clássico em plena vaga de classificação, da maneira como foi e por tudo o que representa o Dérbi, somada à pressão imposta pela torcida nas últimas semanas, foi a gota d’água. Mas, ao contrário do que ocorreu com Tiago Nunes, o desgaste não era de relacionamento, e sim dentro do campo. A relação de Vagner Mancini com funcionários, diretoria e, principalmente, atletas era muito boa.

Apesar de discordâncias pontuais quanto as decisões do treinador, o grupo gostava de Mancini. A grande prova do carinho por ele foi a fila de atletas para abraçá-lo na saída do vestiário da Arena. Um a um, os jogadores foram dizendo adeus ou um até logo para o técnico.

Gustavo Mosquito, por exemplo, foi um dos que agradeceu ao treinador pela oportunidade e pela evolução obtida em campo. Embora tenha sido Tiago Nunes a pedir sua volta, foi com Vagner Mancini que seu futebol se desenvolveu.

Houve também certo abatimento pelo que envolve uma demissão. O próprio presidente do Corinthians, Duilio Monteiro Alves, chegou à Arena acreditando que poderia manter por mais tempo o técnico, mesmo em um cenário de derrota, desde que o time tivesse uma boa atuação.

Nos bastidores, porém, Duilio já vinha recebendo pedidos de aliados para que mudasse o comando do time há algumas semanas.

Com a performance do Palmeiras, chegando com facilidade ao gol de Cássio, o mandatário se viu sem outra opção a não ser desligar o técnico com tempo hábil para encontrar um substituto antes do início do Campeonato Brasileiro, dia 30 de maio.

Abatido, Duilio esperou o apito final para conversar no próprio vestiário com Roberto de Andrade e Alessandro Nunes, dirigentes do departamento de futebol, antes de convocar Vagner Mancini para o papo final.

Desde outubro do ano passado no Corinthians, Vagner Mancini comandou o time em 45 partidas, somando 20 vitórias, 13 empates e 11 derrotas, aproveitamento de 54%.

Agora, ainda sem um nome de consenso no clube, o presidente vai tirar a segunda-feira (17) para definir o substituto da vaga de Mancini e, embora não tenha pressa, pretende fechar negócio a tempo do novo treinador conhecer e trabalhar com o elenco antes do Campeonato Brasileiro.

O contrato de Vagner Mancini não previa multa rescisória, algo também adotado pelo técnico em seu clube anterior, o Atlético-GO, e que facilitou sua vinda ao Corinthians.

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