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Anunciado pelo Santos, Robinho divide opiniões por conta de acusação, entenda o caso

    Foto: Divulgação Santos

    Jogador condenado na Itália por violência sexual é alvo de críticas no Brasil. Patrocinadores afirmam não serem comunicados sobre a contratação

    Após a repercussão negativa da contratação de Robinho pelo Santos anunciado no fim de semana, os advogados do jogador comunicaram a imprensa nesta terça-feira (13) que o atacante é um “homem livre”.

    Em janeiro de 2013, Robinho foi processado por violentar sexualmente uma mulher de 22 anos em uma boate com outros cinco homens. A acusação é que além de cometerem ato sexual com a vítima, chegaram a intoxicar a jovem com bebidas alcoólicas.

    O comunicado feito pelos advogados Alexander Guttieres e Franco Moretti, ressalta que a justiça Italiana condenou o atleta em primeira instância por estupro e tem o direito de recorrer em liberdade. “A sentença do Tribunal de Milão pronunciada em 2017 não é definitiva, foi contestada e será reavaliada pelo Tribunal de Recurso”, diz no documento.

    A condenação aconteceu em 2017 e Robinho alega ser inocente mesmo após a afirmação da juíza da nona seção do Tribunal de Milão, que declarou que ele e o restante do grupo manifestaram “desprezo absoluto” pela jovem. Apesar da alegação o jogador recorreu da deliberação em segunda instância e poderá recorrer até a última caso seja reiterada.

    Orlando Rollo, presidente do Santos deu depoimento em coletiva ao jornal “Folha de São Paulo” defendendo o jogador das críticas. O atleta foi alvo de ofensas nas redes sociais e até grandes nomes do Esporte criticou o time pela nova contratação, “Violência à moral da sociedade”, disse Casagrande. Afirmou também que “não faz sentido” a admissão de Robinho devido a investigação em andamento na Itália, apesar de reconhecer o seu trabalho como jogador.

    Orlando Rollo e Robinho — Foto: Divulgação / Santos FC

    O jurista Wálter Maierovitch declarou que o atleta não pode ser apontado como culposo. “Na realidade, existe um princípio civilizatório, adotado inclusive pela nossa Constituição, que é a presunção de inocência. Não podemos esquecer disso. O Robinho foi condenado em primeiro grau. Na Itália, é um colégio, um tribunal, não é só um juiz. Tem participação popular. Foi condenado, mas não é uma condenação definitiva. Ele apelou e foi reconhecido o direito de recorrer em liberdade. Isso está em sede de apelo. Portanto, acho que a gente não pode excluir e deixar de lado essa presunção de não culpabilidade”, disse Maierovitch.

    Embora a vinda de Robinho tenha gerado críticas pelos próprios torcedores do time, o Boletim Informativo Diário (BID) regulamentou a entrada em campo do jogador. Para participar dos treinos com o restante dos jogadores irá realizar avaliações fisiológicas e clínicas.

    Situação com os patrocinadores

    O time do Santos não comunicou seus patrocinadores sobre a contratação do atacante Robinho. As maiorias das marcas se posicionaram contra qualquer ato de violência e frisam bem o seu papel como fornecedores de material esportivo para as equipes. Um dos patrocínios que defende o argumento é Umbro Brasil.

    O CEO da Cesar Folle e Oceano BSB, não demonstrou reação negativa após a contratação do atacante. “Da nossa parte não temos nada contra. Acho que faz sentido o Santos dar ao Robinho a oportunidade de mostrar seu valor, logicamente a um salário irrisório!”, informou Folle. A Orthopride disse que não irá se pronunciar sobre o caso.

    Fonte: Globo Esporte e ESPN