Bartomeu ainda negou que cogitou renunciar em meio à crise com craque argentino
O presidente do Barcelona, Josep Bartomeu, voltou a falar publicamente pela primeira vez desde a crise entre o clube e Messi, na metade do ano. Ele afirmou que nunca pensou em renunciar ao cargo durante o período turbulento envolvendo a diretoria culé e o jogador.
“Nunca tive a ideia de renunciar por conta do caso Messi. O projeto é muito interessante com jovens e veteranos, incluindo o Messi. Eu acredito que, com ele, temos grandes chances de fazermos uma grande temporada e ganharmos títulos. A prioridade era ter o Messi estava no novo projeto e decidi não enfrentar uma discussão dialética. Fui acusado de forçar sua despedida para salvar as contas. Colocamos os interesses do clube à frente e não queríamos reforçar um rival direto”, completou.
Sendo assim, o presidente justificou sua conduta em não liberar o atacante, atitude que deixou o argentino insatisfeito. Mesmo com o contrato do camisa 10, que ainda não foi renovado, se encerrando em junho de 2021, o dirigente fez uma projeção otimista sobre o futuro do craque.
“Quando soube que Messi estava insatisfeito e queria sair do clube, explicamos a ele e sua família que não podíamos deixá-lo ir. Começamos um novo projeto com Koeman e ele é a peça principal deste projeto. Eu entendo que ele está com raiva , mas queremos que ele termine a carreira aqui…. O prazo para a rescisão unilateral do contrato já havia passado. Espero que fique muitos anos e se aposente no Camp Nou”, declarou.
LEIA MAIS: Com apoio da FIFA, gigantes europeus iniciam projeto para substituir a Champions
Messi desejava deixar o Barcelona ao fim da última temporada e pretendia exercer uma cláusula prevista em seu contrato que o permite pedir a rescisão unilateral. No entanto, tal dispositivo só poderia ser usado até o dia 10 de junho, e a diretoria não cedeu, mesmo com a paralisação do futebol causada pela pandemia.
A entrevista coletiva de Bartomeu ocorreu após uma reunião da diretoria do clube. O Barcelona anunciou prejuízo de € 97 milhões (R$ 644 milhões) e orçamento de € 690 milhões (4,5 bilhões) para a temporada, cerca de € 200 (R$ 1,3 bilhão) menos do que o previsto.
O presidente também deu declarações sobre as negociações com os jogadores para fazer adequações dos salários ao novo projeto financeiro.
Veja as declarações:
Adequações salariais
– Nós dizemos que é uma adequação do salário aos ganhos do clube, não uma perda salarial. Essa adequação acabará bem, creio. Não tenho dúvida que todo o mundo fará o melhor possível para que o clube seja sustentável e tenha futuro. Há que pensar que trabalhamos com muitas incógnitas, não sabemos o que vai acontecer. Nesses momentos, o mais importante é que alguém tome as decisões.
Reclamações contra o VAR
– O último jogo foi uma comprovação do que solicitamos há tempos. É necessária uma reflexão conjunta. O que Koeman disse é certo, não pode haver disparidade de critérios. No clássico, o pênalti mudou tudo. Estávamos jogando muito bem.
LEIA MAIS