Weverton e a correção de decisões do árbitro pela tecnologia impediram uma noite traumática para os palmeirenses
O palmeirense que não esperava o 3 a 0 obtido na ida na Argentina certamente não imaginava o sufoco que ocorreu na noite de ontem (12), no Allianz Parque, para se classificar na final da Copa Libertadores. Dominado durante boa parte da partida, o Verdão perdeu para o River Plate por 2 a 0 e viu o VAR anular um gol e dois pênaltis dos argentinos, garantindo a ida do time brasileiro para a decisão – sua quinta na história da competição.
Rojas e Borré fizeram os gols do time de Marcelo Gallardo, que tomou conta durante todo o tempo no Allianz. A pressão acabou atrapalhada pela expulsão de Rojas, no segundo tempo. Nos acréscimos, o árbitro de vídeo até chamou para uma possível nova penalidade para os argentinos, também não marcada.
Com a vantagem obtida na Argentina, o Palmeiras se segurou como pôde e segue vivo na busca pelo bicampeonato. O rival no jogo do dia 30, no Maracanã, sairá de Boca Juniors e Santos. Os times duelam nesta quarta-feira (13), às 19h15 (de Brasília), na Vila Belmiro.
O melhor: De La Cruz
O uruguaio foi um dos jogadores que desequilibraram para o River, sempre se aproveitando do ataque de aproximação do time argentino, os colocando em vantagem numérica. Montiel também teve atuação destacada. No Verdão, a atuação sofrida foi amenizada pelos desempenhos de Gabriel Menino, Rony e Luiz Adriano.
O pior: Empereur
Mantido como titular depois da boa atuação fora de casa, o camisa 6 sofreu demais na partida, assim como todo o sistema defensivo do Palmeiras. Com Viña e Gustavo Scarpa tendo dificuldades para cobrir as jogadas pela direita dos adversários, ele ficou muitas vezes no mano a mano e não se deu bem. O lance que o árbitro chegou a marcar pênalti dele, porém, não ocorreu e foi corretamente revertido pelo VAR.
Atuação do Palmeiras
A equipe comandada por Abel Ferreira encontrou imensas dificuldades com a mudança de esquema de Gallardo, que colocou o River para jogar com três zagueiros. Sem a bola durante a maior parte do tempo, o Palmeiras sofreu um massacre como poucas vezes visto no Allianz Parque. A derrota acabou sendo por um placar inferior do que foi o domínio argentino. Para sorte do Verdão e também pelo desempenho para resistir à pressão nos minutos finais, o resultado garantiu a vaga na final da Libertadores.
Atuação do River Plate
O time de Gallardo atuou de forma totalmente diferente e por pouco não conseguiu a virada que o técnico falou depois de sofrer 3 a 0 na Argentina. O novo esquema fez com que Montiel atuasse praticamente como ponta, se aproveitando da fragilidade defensiva do lado esquerdo do Palmeiras. Por pouco não conseguiu levar o confronto pelo menos para os pênaltis.
Cronologia do jogo
O River iniciou com mais posse de bola, mas a primeira chance clara foi do Palmeiras, com Rony, após lançamento de Gabriel Menino. O camisa 11 tentou driblar Armani, mas o goleiro argentino se recuperou e fez a defesa.
Aos 28 do primeiro tempo, Díaz subiu mais no escanteio e abriu o placar para os argentinos, que chegou aos 2 a 0 ainda na primeira etapa. Aos 43, com Borré, depois de jogada pelo lado direito do ataque do River.
A vantagem do Verdão obtida na ida chegou a ser desfeita aos 7 do segundo tempo, quando Montiel marcou o terceiro, em chute cruzado. Após longa análise do VAR, porém, foi assinalado o impedimento do início da jogada.
O River cansou de criar chances, sempre perigosas. Quando o Palmeiras conseguiu sofrer menos sustos, Rojas foi expulso por tentar matar um ataque perigoso do Verdão, só que na jogada seguinte, Suárez caiu dentro da área após jogada de Empereur, e o árbitro marcou pênalti. Nova consulta ao VAR, que reverteu a jogada – o atacante bateu o pé no chão e tentou cavar.
Depois de minutos com bolas na área do Palmeiras, já nos acréscimos, outra checagem para um possível pênalti para os argentinos, que não foi marcado, novamente.
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