Palmeiras vence na Libertadores e é o primeiro time classificado às oitavas de final

Elenco do Palmeiras definiu qual seria a melhor maneira de atuar na altitude de Quito
Elenco do Palmeiras definiu qual seria a melhor maneira de atuar na altitude de Quito. Foto: Staff Images/Conmebol

Verdão vence com “tática dos jogadores” e segue com 100% de aproveitamento na competição

O Palmeiras foi a campo na noite desta última terça-feira (11), para enfrentar o Independiente Del Valle, no Equador, com uma tática muito bem definida: defender bem, marcar no seu próprio campo e explorar os contra-ataques.

Embora isso seja algo tão criticado hoje em dia pelos que prezam pelo futebol bonito, mais uma vez a estratégia do Verdão se mostrou muito efetiva, ainda mais em uma competição como a Libertadores. Deu tão certo, que o Palmeiras saiu com uma vitória por 1 a 0, está com a classificação garantida e 100% de aproveitamento mantido.

Uma frase de Abel Ferreira na entrevista coletiva resume bem o motivo da decisão de atuar dessa forma. A entrevista foi divulgada na íntegra no site do Globo Esporte.

“Minha função é estudar os adversários, perceber o que fizeram no presente e no passado. Os times que vieram aqui e procuraram um jogo com intensidade, saíram daqui humilhados”, explicou o treinador do Palmeiras.

Uma das várias qualidades do treinador português é saber (e não ter vergonha) de adaptar seu time ao oponente, mudar a forma de jogar em cada disputa de acordo com o que terá que encarar. Poucos exemplos são tão claros quanto a partida desta terça.

Para encarar a equipe do Del Valle, Abel Ferreira foi além. Deixou a decisão nas mãos dos atletas, sobretudo pelo fato de ele nunca ter trabalhado ou atuado na altitude. Partiu deles determinar qual seria a melhor maneira de enfrentar o adversário.

O Palmeiras ficou colocado em praticamente todo a partida com uma linha de cinco na defesa, outra com quatro no meio e apenas Rony mais avançado, se matando de correr entre os zagueiros na altitude.

A intenção era clara. Fechar os espaços, povoar o campo defensivo e conter ao máximo os passes rápidos e a velocidade do ataque do Independiente Del Valle, para sair em velocidade no contra-ataque.

Quem analisar apenas as estatísticas vai achar que foi um massacre. O time equatoriano que jogava em casa teve mais de 70% de posse de bola, muito mais finalizações, passes certos, escanteios…. Porém, isso não traduz exatamente o que foi a partida.

O Palmeiras pouco sofreu. Deixou o Independiente Del Valle trocar passes pouco efetivos na maior parte da disputa e correu poucos riscos. A maior chance veio em uma cobrança de falta de Vite, que passou raspando o travessão de Weverton. No mais, aquela posse de bola enganosa, muitos cruzamentos na área e um pouco de uma pressão desordenada no final do jogo.

O gol saiu justamente no que a equipe palmeirense buscava. Contra-ataque veloz, os meio-campistas chegando ao ataque e pênalti sofrido por Luiz Adriano (que atuou como meia ou volante o tempo todo).

Dentro da proposta que o treinador Abel Ferreira (e os atletas) levaram a campo, o Palmeiras teve uma atuação impecável. É bonito? Pode não ser para muita gente. Mas alguém vai reclamar de não jogar bonito e ser o primeiro classificado às oitavas de final, único com quatro vitórias em quatro duelos?

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