Natação brasileira define critérios para as Olimpíadas de Tóquio em abril

Fernando Scheffer, vencedor dos 200m livre no Troféu Brasil — Foto: Divulgação
Fernando Scheffer, vencedor dos 200m livre no Troféu Brasil — Foto: Divulgação

Natação brasileira define critérios e marca seletiva para as Olimpíadas de Tóquio em abril

Cancelada no ano passado devido à pandemia do coronavírus, a seletiva da natação brasileira para as Olimpíadas de Tóquio ganhou novas datas e novos critérios para a classificação nos Jogos, que serão realizados em julho. Realizada no Rio de Janeiro, entre os dias 19 e 24 de abril, a seletiva olímpica brasileira, que acontece no Campeonato Brasileiro Absoluto de Natação, será a única oportunidade para os atletas da modalidade garantirem a ida a Tóquio.

O revezamento feminino e misto, ainda não classificados para os Jogos, contam com novidades: as categorias 4×100 livre, 4×200 livre e 4×100 medley feminino e 4×100 medley misto deixam de depender dos resultados do Mundial de Gwangju de 2019, e passam a depender das tomadas de tempo, precisando estar no top 4 da repescagem da Federação Internacional da Natação (Fina).

– Os critérios de classificação para os Jogos Olímpicos foram debatidos exaustivamente durante o ano passado e, com o adiamento dos Jogos e da Seletiva, houve uma nova revisão e estamos divulgando com três meses de antecedência para dar uma segurança e uma tranquilidade para os atletas e treinadores trabalharem visando a seletiva – explicou Eduardo Fischer, diretor de natação da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA).

Nas disputas individuais do torneio seletivo da CBDA, estarão classificados para as Olimpíadas de Tóquio os vencedores e os segundos colocados em cada categoria – caso possuam o índice A exigido pela Fina.

As categorias masculinas de revezamento, já classificadas para Tóquio, também ganharam critérios de composição: a equipe 4x100m livre masculino será formada pelo top 4 na prova individual dos 100m livre, podendo o quinto colocado ser convocado como reserva caso iguale ou esteja abaixo do índice da Fina e ser convocado para a vaga dos nadadores que disputam apenas o revezamento, chamados de “relay only”.

O time do revezamento 4x200m livre também seguirá critérios semelhantes, com o quinto colocado na prova individual ocupando o segundo lugar na fila para as vagas do relay only. Já a equipe do 4x100m medley será definida pelos vencedores das provas individuais dos 100m livres, do 100m peito, do 100m borboleta e do 100m costas, mas com a avaliação final a ser feita pela comissão técnica.

Victor Colonese recebe medalha do Pan: “Momento único”

A sexta-feira foi inesquecível para o nadador Victor Colonese, de 29 anos. Atleta de águas abertas, o baiano recebeu, na sede do Clube Unisanta, em Santos, a medalha de bronze referente ao resultado dos Jogos Pan-Americanos de 2019, em Lima, no Peru. O baiano tinha sido quarto colocado, mas herdou o terceiro posto após um doping do argentino Guillermo Bertola.

– É um momento único na minha carreira. Estou muito feliz com tudo: o evento, a cerimônia, a medalha. Fui o único a ter recebido esse bronze, mas por trás de tudo tem uma equipe gigante ao meu redor, trabalhando por mim. Essa medalha também é da minha família, do meu clube e dos meus patrocinadores – disse Victor.

A decisão da realocação da medalha foi confirmada no dia 1° de julho de 2020, após o Comitê Olímpico do Brasil (COB) receber um comunicado oficial da Panam Sports, entidade máxima do esporte no continente, anunciando que a suspensão de Bertola pela FINA implicava na anulação de seus resultados nas temporadas 2018 e 2019.

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