
PSG e Barcelona se enfrentam na tarde desta quarta-feira; veja provável escalação do time catalão
Segundo maior vencedor da Liga dos Campeões da Europa neste século, o Barcelona pode protagonizar hoje uma despedida melancólica da competição que venceu quatro vezes desde 2006.
A menos que goleie o PSG por pelo menos quatro gols de diferença (ou vença por três tentos de vantagem, com placar maior que 4 a 1), dentro da França, a equipe de Lionel Messi irá embora da competição interclubes mais importante do planeta ainda nas oitavas de final.
Desde 2007, quando foi derrotado pelo Liverpool exatamente nessa fase, o clube catalão não é eliminado tão cedo da Champions. Só que mesmo normalmente indo longe no torneio, o Barça tem acumulado vexames nas últimas temporadas. O maior deles, sem dúvidas, foi a derrota por 8 a 2 para o Bayern de Munique, nas quartas da edição passada.
O Blog do Rafael Reis, divulgado na íntegra no site do UOL Esporte, apresenta alguns dos motivos que levaram o Barça ao “fundo do poço”.
Deixar Neymar ir embora
Neymar foi contratado pelo Barcelona para ser o protagonista jovem do clube e com o passar do tempo herdar a coroa de astro máximo que pertencia (e continua pertencendo) ao argentino Lionel Messi. Só que a diretoria culé não conseguiu convencer o camisa 10 da seleção brasileira a esperar que essa transição se completasse. Em 2017, o PSG pagou os 222 milhões de euros (R$ 1,5 bilhão na cotação atual) da multa rescisória do atacante e o levou para ser o dono do time na França. Apesar do dinheirão que recebeu, o Barça ficou sem o cara que garantiria o futuro da equipe e foi se tornando cada vez mais dependente de Messi, que agora já tem 33 anos e cansou de carregar “sozinho”.
Fortuna mal gasta
O Barça poderia ter aproveitado a grana da venda de Neymar para encontrar no mercado da bola outro atleta capaz de fazer diferença dentro de campo, decidir partidas e reduzir a sobrecarga de Messi. Só que os principais tiros dados pelo clube passaram longe do alvo. Depois da saída do brasileiro, o Barça gastou 415 milhões de euros (R$ 2,9 bilhões) só na aquisição de três candidatos a novas estrelas: Philippe Coutinho, Antoine Griezmann e Ousmane Dembélé. Os três reforços milionários não renderam como o esperado, jamais caíram nas graças da torcida e até passaram um tempo no banco de reservas.
Escolhas conservadoras
Definitivamente, o Barcelona não buscou uma um novo caminho quando tudo estava dando errado. Todos os treinadores contratados desde a saída de Guardiola, em 2012, tinham alguma conexão anterior com o clube, nem que fosse na questão da ideologia do futebol (caso de Quique Setién). Faltou à diretoria culé coragem para romper velhos laços, buscar nomes já consagrados em outros países da Europa, como Inglaterra, Alemanha ou Itália, e arriscar com técnicos que levariam realmente algo de novo ao Camp Nou.
Diretoria tóxica
A diretoria do Barça entrou em conflito com o maior jogador da história do clube: Messi. Por essa e outras, a gestão de Josep María Bartomeu é vista praticamente como uma unanimidade no ponto de vista de desastre. Para completar, o dirigente que comandou o Barça entre janeiro de 2014 e outubro de 2020, ainda foi preso na última semana. O cartola teria contratado uma consultoria especializada em gestão de dados e redes sociais e desviado sua função para espalhar fake news sobre seus principais opositores, como Messi e Joan Laporta, eleito no domingo o novo presidente culé.
Pandemia
É claro que a pandemia acabou afetando as finanças de todos os clubes do planeta. No caso do Barcelona, o estrago foi bem maior que a média. Com o fechamento do estádio e do museu, muito dinheiro deixou de entrar nos cofres blaugranas, e a dívida do Barça foi às alturas. Só em contas que precisam ser quitadas até junho, a agremiação deve incríveis 730 milhões de euros (R$ 5 bilhões).
Veja a provável escalação do Barça para o jogo de hoje
Barcelona: Ter Stegen; Mingueza, Lenglet, Samuel Umtiti; Dest, De Jong, Busquets, Alba; Pedri; Messi, Griezmann. Técnico: Ronald Koeman.
PSG e Barcelona se enfrentam na tarde desta quarta-feira (10), às 17h (de Brasília), no Parc des Princes.
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