Morre Paolo Rossi, carrasco da Seleção Brasileira na Copa de 1982

Foto: Getty Images
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Ex-jogador da Juventus tinha 64 anos; causa da morte não foi informada

O ano de 2020 está complicado para os admiradores do futebol. Campeão do Mundo com a seleção italiana e carrasco do Brasil em 1982, o ex-jogador Paolo Rossi faleceu na última quarta-feira (9), aos 64 anos. A informação foi divulgada pelo canal RAI, e confirmada pelos jornais “Corriere Dello Sport” e “Gazzetta Dello Sport”. O motivo da morte ainda não foi informado.

Eleito o melhor jogador do Mundial e artilheiro da competição, Paolo foi o responsável por marcar os três gols da vitória que desclassificou a seleção brasileira, indicada como uma das maiores da história daquele Mundial.

Nos últimos anos, Rossi chegou a atuar como comentarista nos canais Mediaset e RAI, da Itália. Ele deixa sua esposa, Federica e três filhos: Sofia Elena, Maria Vittoria e Alessandro.

Nascido na cidade de Prato, na região da Toscana, o ex-atacante foi descoberto pelas categorias de base da Juventus. Foi emprestado ainda jovem aos 19 anos para o Como. No entanto, sua primeira atuação de destaque foi pelo Vicenza, onde conquistou o título da segunda divisão e foi artilheiro na surpreendente campanha que deu ao pequeno time o vice-campeonato italiano na temporada seguinte.

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O começo promissor, que rendeu suas primeiras chamadas à seleção italiana e a participação na Copa de 78, foi travado dois anos depois por uma suspensão de três anos pela acusação de envolvimento em um esquema de manipulação de resultados conhecida como “Totonero”. A penalização foi posteriormente minimizada para dois anos, o que permitiu sua convocação para o Mundial de 1982.

A performance de Rossi na Espanha, entretanto, esteve distante do ideal nas três partidas da Itália na primeira fase daquela Copa do Mundo. Ele passou despercebido nos três empates de Azzurra, que só não voltou mais cedo para casa pelo critério de gols marcados. Depois de cair em um grupo com a Argentina e Brasil, o fim da linha parecia uma questão de tempo para os italianos, mas foi neste momento que o Bambino d’Oro passou a registrar o seu nome na história do futebol.

Uma boa atuação no triunfo por 2 a 1 contra a Argentina foi só uma amostra do que estava por vir. Rossi fez o jogo de sua vida contra a seleção do Brasil, que muitos julgam uma das melhores equipes da história do futebol, e protagonizou a desclassificação do Canarinho com três gols em uma partida que para nós, se tornou conhecida como a Tragédia do Sarriá, nome do estádio em Barcelona onde o jogo foi disputado.

Realizou outros dois tentos na semifinal contra a Polônia e também deixou sua marca no gol que abriu o placar no triunfo italiano por 3 a 1 sobre a Alemanha Ocidental, na decisão.

Após o Mundial, voltou a se evidenciar pela Juventus, onde alcançou o bicampeonato italiano e também conquistou a Copa dos Campeões da Europa (atual liga dos Campeões da UEFA), em 1985.

Foi para o Milan também em 1985, onde teve uma passagem murcha, e encerrou a carreira no Verona, na temporada 1986/1987, antes de fazer 31 anos, após uma lesão no joelho.

Em 2004, foi eleito por Pelé como um dos 123 melhores futebolistas vivos, em lista promovida pela FIFA para comemorar o centenário da entidade máxima do futebol.

Dias difíceis para os amantes do futebol

Nos últimos meses deste ano têm sido de despedidas para os fãs do futebol. Em 25 de novembro, o esporte deu adeus ao craque argentino Diego Maradona, vítima de uma parada cardiorrespiratória aos 60 anos. Na última terça-feira (8), morreu Alejandro Sabella, ex-técnico da seleção albiceleste. Ele estava internado desde o fim do mês passado após sofrer arritmia, e vinha apresentando piora no quadro clínico.

No Instagram, Federica Cappelletti, esposa de Pablito, como era apelidado, se despediu do esposo. “Para sempre”, escreveu. A jornalista e escritora era casada com o ex-jogador desde 2010.