Ídolo argentino desabafa sobre declarações de Eric Olhats, ex-agente de Griezmann, que o acusou de implantar “regime de terror” no clube
Messi voltou para Barcelona depois dos compromissos com a seleção da Argentina e surpreendeu ao fazer um desabafo no aeroporto da cidade. O camisa 10 do clube catalão rebateu as críticas feitas por Eric Olhats, antigo assessor e tio de Griezmann, que acusou o jogador de implantar um “regime de terror” no Barcelona. Perguntado sobre as declarações, o argentino não ficou quieto.
– Estou cansado de ser sempre o problema de tudo no clube – declarou Messi.
Messi: "Já estou um bocado cansado de ser sempre o problema de tudo no Barcelona." pic.twitter.com/mIRNnQsVps
— B24 (@B24PT) November 18, 2020
Na última semana, Éric Olhats deu entrevista à revista “France Football”, afirmando que Messi atua como um monarca no clube. O assessor, responsável por descobrir Griezmann e encaminhá-lo para testes na Real Sociedad, não trabalha com o jogador francês desde 2016.
– Antoine foi para um clube onde Messi tem os olhos em tudo. Ele é imperador e monarca e não gostou da chegada de Antoine. Sua atitude foi deplorável e o fez se sentir mal. Sempre ouvi Griezmann dizer que com Messi não teve problemas, mas nunca o contrário. É o regime do terror. Ou você está com ele ou está contra ele – disse Olhats.
Horas depois das declarações do ex-agente, Griezmann publicou uma foto nas redes com Messi a fim de minimizar os boatos de um mau relacionamento com o companheiro de time. O atacante francês repostou em suas redes sociais uma foto abraçado a Messi, que ele havia colocado no ar no dia anterior.
Eric Olhats foi uma figura chave na carreira de Antoine Griezmann. Descobriu o jogador na França e o encorajou a fazer um teste na pedreira da Real Sociedad, após ter sido rejeitado por clubes franceses. Em San Sebastián, Olhats atuou como mentor de Griezmann, praticamente morando junto quando ele era menor. Além disso, foi seu agente por anos.
Permanência na Seleção Argentina
Aos 33 anos, Lionel Messi pode não ter mais a explosão dos seus melhores momentos no futebol. Ainda assim, todas as vezes que pairou a ameaça de se afastar da seleção da Argentina, foi por iniciativa própria, como na perda da Copa América de 2016 para o Chile ou após o Mundial da Rússia de 2018. Não convocar o camisa 10 é uma ideia que, até hoje, não passou pela cabeça de nenhum dos últimos treinadores da Argentina.
Nesta terça-feira, porém, após a vitória por 2 a 0 sobre o Peru, em Lima, que manteve a Argentina na vice-liderança das Eliminatórias, o camisa 10 foi questionado sobre a razão de continuar jogando pela seleção.
Surpreso, Messi explicou que sempre procura dar o seu melhor quando joga pela seleção, e finalizou com uma explicação óbvia: se o técnico o convoca, ele joga, e quando não for chamado, não irá.
– Sempre que venho aqui é porque tento dar o máximo, porque me sinto capacitado para isso, poder seguir ajudando a este grupo e lutando por essa camisa. Eu me sinto bem, e se o técnico me quiser, eu venho. Se não, vão vou – declarou o camisa.
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