“Se o técnico me quiser, eu continuo”, diz Messi sobre seleção argentina

Foto: Daniel Apuy/Pool via REUTERS
Foto: Daniel Apuy/Pool via REUTERS

Jogador deve disputar última Copa do Mundo pelo seu país em 2022

Aos 33 anos de idade, Lionel Messi pode não alcançar mais tanto impacto dos seus melhores momentos no futebol. Mesmo assim, todas as vezes que pairou a ameaça de se distanciar da seleção da Argentina, foi por determinação própria, como na derrota da Copa América de 2016 para o Chile ou depois do Mundial da Rússia de 2018. Não escalar o camisa 10 é uma ideia que até hoje sequer passou pela cabeça dos últimos técnicos da Argentina.

Ontem (17), porém, após a vitória sobre o a seleção do Peru por 2 a 0, em Lima, manteve os argentinos na vice-liderança das Eliminatórias e Messi foi questionado sobre qual motivo de continuar defendendo a seleção da Argentina.

O questionamento foi feito na entrevista realizada no gramado após o término da partida, ao que tudo indica por um jornalista local, que declarou ter conversado com companheiros argentinos e observado críticas sobre seu comportamento não ser o mesmo de quando era um jovem de 25 anos.

Surpreso, o camisa 10 explicou que sempre busca dar o seu melhor quando atua pela seleção, e completou com uma explicação óbvia: se o treinador o convoca ele joga e quando não for convocado, não irá.

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“Sempre que venho aqui é porque tento dar o máximo, porque me sinto capacitado para isso, poder seguir ajudando a este grupo e lutando por essa camisa. Eu me sinto bem, e se o técnico me quiser, eu venho. Se não, não vou”, disse Messi.

Mesmo com a vice-liderança invicta nas Eliminatórias, sendo três vitórias e um empate, a seleção argentina chegou a Lima pressionada após empatar em 1 a 1 com o Paraguai em casa, na rodada anterior. Tido como o maior artilheiro da história da seleção, com 71 gols marcados, Messi fez apenas um nessas Eliminatórias, logo na primeira rodada de pênalti, no triunfo por 1 a 0 sobre o Equador.

Apesar de não estar marcando, a imprensa da Argentina ressaltou a boa atuação do camisa 10 na disputa de ontem (17) contra o Peru, principalmente pela sua movimentação ofensiva e comando sobre o time. Após o término do confronto e antes de ser interrogado sobre sua permanência na seleção, Messi celebrou o crescimento da seleção na competição.

“Levantamos o nível, fizemos o que faltou no outro dia (contra o Paraguai). Esse é o caminho que temos que seguir. Aos poucos, vamos nos fazendo fortes como grupo e equipe”, concluiu.

Multicampeão pelo Barcelona, com todas as taças possíveis ganhas mais de uma vez no clube da Espanha, e seis vezes escolhido pela FIFA o melhor jogador do mundo, Messi ainda batalha para ganhar um título pela seleção principal da Argentina – seus únicos triunfos são em categorias menores, o Mundial sub-20 de 2005 e a medalha de ouro olímpica em 2008.

Vice-campeão em três anos consecutivos com a Argentina – na Copa do Mundo de 2014, para a seleção da Alemanha e em duas edições da Copa América, 2015 e 2016, as duas para o Chile -, Messi entende que suas chances de ser campeão com os argentinos diminuem a cada ano, mas já deixou claro que deseja disputar ao menos a próxima Copa América, que foi adiada para 2021 devido à pandemia do novo Coronavírus, e se possível, ter uma derradeira chance de vencer um Mundial no Catar, em 2022.