Equipe paulista eliminou o melhor time na classificação geral
Foi com muita emoção a classificação do Itapetininga para as semifinais da Superliga Masculina. Pressionado por ter perdido a primeira partida do confronto das quartas de final, o Cruzeiro iniciou com tudo o jogo, mas a equipe paulista conseguiu a virada histórica para vencer por 3 sets a 2 (15/25, 18/15, 25/21, 25/23 e 18/16) e chegar às semifinais do torneio pela primeira vez na história, eliminando o maior vencedor do torneio.
Devido às restrições de circulação vigentes no estado de São Paulo em função do agravamento da Covid-19, as duas partidas foram disputadas no ginásio do Riacho, em Contagem. As atividades esportivas estão liberadas em Minas Gerais até domingo (21), desde que respeitado o toque de recolher a partir das 20h (de Brasília).
Os dois primeiros sets desta quarta-feira (17) mostraram totalmente o oposto do que aconteceu no último sábado (13). Concentrado, o Cruzeiro conseguiu anular as principais opções de ataque dos paulistas por conta do bom funcionamento do bloqueio. Na virada de bola, o destaque ficou por conta de Facundo Conte.
Em seguida, o Itapetininga voltou a mostrar o melhor do vôlei do time, se recuperou no jogo e levou a partida para o tie-break. O crescimento da equipe passou pelo crescimento na atuação do ponteiro Adriano e do oposto Renan, que marcou 25 pontos e foi eleito o melhor da partida pelo público.
Pela primeira vez entre os quatro melhores do Brasil, o Itapetininga enfrenta o Minas nas semifinais.
O jogo
Logo no início do jogo, o Cruzeiro mostrou que estava mais ligado do que no último sábado. Com dois pontos de bloqueio, a equipe mineira conseguiu abrir 4 a 1. A vantagem foi mantida devido a boa atuação de Facundo Conte, que marcou seis dos primeiros 13 pontos da Raposa no confronto quando o placar ainda marcava. Bloqueio e ataque seguiram funcionando para os cruzeirenses em todo o primeiro set, fechado em 25 a 15.
A equipe celeste conseguiu diminuir o impacto do oposto Renan na partida durante o começo do segundo set. O maior pontuador do primeiro jogo teve dificuldades para superar o bloqueio rival. Do outro lado, os atacantes cruzeirenses seguiram com bom aproveitamento, fazendo 10 a 6. Os dois times trocaram pontos até o Cruzeiro abrir 22 a 16, após passagem do ponteiro argentino pelo saque, com dois aces. O set foi vencido por 25 a 18 pela equipe de Marcelo Mendez.
O terceiro set marcou o começo do equilíbrio do confronto. Com os dois sistemas ofensivos levando a melhor sobre as defesas, nenhuma das duas equipes conseguiu abrir mais do que dois pontos de diferença para o rival até a reta final, quando o Itapetininga abriu 20 a 18 com ataque de Renan. Os paulistas ainda ampliaram a vantagem com o ponteiro Adriano no saque e forçaram a realização de mais um set em 25 a 21.
Após mais um início equilibrado, o Cruzeiro conseguiu fazer 7 a 4 depois de vencer dois desafios em sequência. A virada de Itapê veio após dois bloqueios em cima do oposto Alan, do Cruzeiro. A partir desse momento, as duas equipes seguiram trocando pontos, ficando mais uma vez próximos no placar. Os paulistas conseguiram abrir 17 a 14, forçando uma parada técnica de Marcelo Mendez. Quando a vitória do Itapetininga parecia certa, Isac conseguiu dois aces e colocou de novo a Raposa na disputa, diminuindo a vantagem para 23 a 22. Mas com uma falha de saque de Alan, a parcial acabou em 25 a 23, forçando um tie-break.
O treinador Marcelo Mendez começou o tie-break com o cubano López como oposto e com Rodriguinho na ponta. Do outro lado, Renan foi o nome mais acionado pelo levantador Carísio. No placar, equilíbrio entre os times até o final. O Itapetininga chegou a ter 14 a 12 e duas bolas para garantir a classificação histórica, mas o bloqueio azul funcionou no momento decisivo. Depois de cinco chances e muita emoção, a equipe paulista alcançou a classificação histórica com ataque do jovem ponteiro Adriano, em 18 a 16.
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