Campeão mundial fala da relação com Gabriel Medina, “novo tour”, decisão com top 5, Nazaré e ondas grandes e a despedida de Mineirinho
Quase um ano após derrotar Gabriel Medina e alcançar as maiores conquistas de sua carreira, Ítalo Ferreira está pronto para começar as defesas do título mundial e do Pipe Masters no Havaí. Com a definição das triagens e a previsão de boas ondas, o evento principal deve acontecer a partir das 15h (de Brasília) desta quarta-feira, e o número 1 do mundo está escalado para enfrentar o sul-africano Matthew McGillivray e o trialista peruano Miguel Tudela.
Depois de muitos anos sendo o palco da decisão, o Pipe Masters abrirá uma temporada que vem cheia de mudanças, como a final em Lower Trestles, na Califórnia (EUA). E, por conta da pandemia do Covid-19, a disputa esse ano será fechada ao público nas areias de Pipeline.
– Estou muito feliz de voltar aqui onde foi a última etapa do Mundial e onde me consagrei campeão do mundo. É diferente voltar aqui e começar o tour por Pipe. Tenho boas memórias. Vai ser um ano bem divertido – disse Ítalo.
O Globo Esporte realizou uma entrevista exclusiva e Ítalo falou da rivalidade com Gabriel, da mudança do formato de disputa com a final entre os 5 melhores do ranking em Trestles, da busca pela evolução nas ondas grandes, da despedida de Mineirinho, entre outros assuntos.
ge – O que mudou do Italo campeão no fim de 2019 para o que vai defender o título a partir desta quarta?
Nada mudou (risos). Como diz o meu amigo Ariel: só aumentou a vontade de melhorar cada vez mais e ir em busca dos novos objetivos.
ge – Depois de tudo que aconteceu em 2019, como é estar de volta à Pipeline? Pela primeira vez não vai ter torcida nas areias. Como vai ser competir sem aquele clima típico do Pipe Masters?
Havaí para sempre será especial. Treinei muito durante a pandemia, vou lutar para defender o título e também a etapa. Eu tive um exemplo na França, nada comparado com Pipe, de competir sem torcida. É estranho para todos os competidores no modo geral. Em Pipe, vamos ter a torcida das casas que estão de frente pra praia.
ge – Mick Fanning sempre disse que ser bicampeão mundial foi muito mais difícil, que as pessoas sempre queriam um novo campeão. Como você está se sentindo esse ano para lutar pelo bi?
Quando você se torna campeão mundial, você é o cara a ser batido. Isso me dá mais vontade de ir além e batalhar por mais esse sonho do bicampeonato mundial. Não vai ser fácil.
ge – Esse ano o tour tem muitas novidades. Além das precauções por conta do Covid-19, tem etapas novas, um novo formato de disputa com a WSL Finals, além de ter a Olimpíada de Tóquio no meio. Como você está encarando isso tudo?
É difícil se programar em um ano tão difícil como esse e o que estar por vir. O pensamento está sempre na etapa que está acontecendo. Esse ano provou que tudo pode mudar em um piscar de olhos.