Gronk revive parceria em Tampa e busca quarto anel do Super Bowl

Rob Gronkowski — Foto: Patrick Smith/Getty Images
Rob Gronkowski — Foto: Patrick Smith/Getty Images

Rob Gronkowski se aposentou da NFL em 2019, com a serenidade de quem havia feito tudo o que podia na liga. Com a vitória por 13 a 3 sobre o Los Angeles Rams, ajudara o New England Patriots a erguer seu sexto troféu de Super Bowl – e seu terceiro pessoal -, era considerado a peça-chave para a genialidade ofensiva de Tom Brady funcionar e detinha estatísticas suficientes para entrar na discussão de melhor tight end de todos os tempos.

Com tantos predicados, a transição para a vida fora do esporte foi vista como natural tanto por companheiros de equipe quanto fãs quanto a mídia especializada. E assim foi. Por um ano, Gronk viveu a vida. Jogou golfe, participou de programas, festou o quanto podia e viu os Patriots caírem de rendimento sem ele.

O período de inatividade foi quebrado semanas depois que seu maior parceiro na liga, Brady, anunciou publicamente que estava trocando New England por Tampa Bay, para tentar ressurgir nos Buccaneers. Gronk comunicou no dia 21 de abril de 2020 que estava de volta à NFL para atuar ao lado do antigo companheiro.

A volta do duo Brady e Gronk levantou questionamentos sobre como os Bucs se sairiam com dois jogadores veteranos – na época, o quarterback estava às vésperas de completar 43 anos, e Gronk, embora jovem (30 para 31), colecionava lesões graves em seus anos de NFL.

A mera constatação de que o Tampa Bay vai disputar, a partir das 21h30 (de Brasília) deste domingo, o Super Bowl LV contra o Kansas City Chiefs de Patrick Mahomes já evidencia a magia que existe entre Gronk e Brady.

Gronk não foi a primeira opção ofensiva de Brady ao longo de toda a temporada. O quarterback geralmente preferiu os wide receivers Chris Godwin e Mike Evans. Mas, em momentos cruciais dos playoffs, a dobradinha funcionou. Como a recepção de 29 jardas na final de conferência contra o Green Bay Packers, que rendeu aos Bucs um field goal decisivo para a vitória por 31 a 26.

Ao todo, o tight end teve sete touchdowns recebidos em 2020/21. Pouco para quem já fez 17 (em 2011) ou 12 (2014). Mas foram mais do que registrou nas temporadas 2018 (3), 2016 (3) e 2013 (4), durante seus anos dourados em New England.

Alguém duvida que o entrosamento pode ser decisivo contra os Chiefs?

– Se você está tendo um dia ruim, sugiro que qualquer um de vocês apenas vá passar um pouco de tempo com Gronk. Ele simplesmente te anima só por estar com ele. Ele é engraçado – temos conversas todos os dias e estou ansioso por isso. Digo à minha esposa: ‘Mal posso esperar para falar com Gronk no treino de hoje’. Ele está apenas sendo ele mesmo, ele é muito autêntico, adora o jogo e quando é hora de ser sério, ele é muito sério. Fala-se muito sobre o que Tom [Brady] fez por este vestiário – e está tudo certo – mas o que Gronk fez por este vestiário é igualmente incrível. Simplesmente um ótimo companheiro de equipe e ama a vida – afirmou o general manager dos Bucs, Jason Licht, na semana passada.

Para comprovar o quanto Gronk faz bem, ao vestiário, a Brady e ao time, na semana passada ele comunicou a duas profissionais de saúde da linha de frente do combate à Covid-19 que elas ganharam ingressos para ver o Super Bowl, no Raymond James Stadium, no domingo.

– Parabéns a vocês duas, e vai Bucs! – brincou o jogador, em mensagem gravada.

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