Reunião entre os dirigentes avaliará situação do técnico semanas depois dos 6 a 0 sofridos para a Espanha
A Federação Alemã de Futebol (DFB) discutirá a situação da seleção e do técnico Joachim Löw em reunião marcada para o próximo dia 4 de dezembro. A entidade anunciou o encontro com o gerente Oliver Bierhoff nesta segunda-feira (23), seis dias depois da goleada sofrida para a Espanha por 6 a 0 pela Liga das Nações.
Embora tenha se classificado para a Eurocopa, a Alemanha foi eliminada das três últimas competições na primeira fase (duas Liga das Nações e Copa do Mundo de 2018), e sua derrota para os espanhóis foi a sua pior desde 1931.
“Na reunião de 4 de dezembro da DFB, Oliver Bierhoff apresentará e avaliará a situação atual da seleção. Parte desta discussão são as experiências da derrota para a Espanha, mas também o desenvolvimento geral do time nos últimos dois anos”, disse o comunicado, reproduzido pela agência de notícias “Reuters”.
“A comissão da DFB concordou unanimemente com o plano para coletar opiniões e avaliá-las e discuti-las. Ele dá ao técnico da seleção tempo e distanciamento emocional para processar a situação atual”, acrescentou o comunicado.
Recorde-se que Joachim Low assumiu o comando da seleção alemã em 2008. Em 189 jogos, conseguiu 120 vitórias e conquistou um Mundial em 2014 e uma Taça das Confederações em 2017.
A pressão e a nova geração
O técnico Joachim Löw, no cargo há 14 anos, sofre uma pressão crescente desde o fiasco mais recente, que eliminou os alemães da Liga das Nações quando tinha a vantagem do empate para ir à fase final.
Após a histórica eliminação da seleção na primeira fase da Copa na Rússia (a Alemanha perdeu para México e Coreia do Sul), Löw conseguiu convencer seus dirigentes de que era o homem ideal para relançar a equipe a partir de novas bases.
O treinador tentou mais uma vez colocar em campo o núcleo duro dos campeões mundiais de 2014, mas uma série de maus resultados o levou a mudar de ideia no início de 2019. A partir daí ele se livrou da “velha guarda”, exceto Manuel Neuer e Toni Kroos, para dar mais responsabilidade a uma nova geração.
Apesar de atuações por vezes preocupantes, Löw se recusou a reintegrar Thomas Müller e Jérôme Boateng (do Bayern) e Mats Hummels (do Borussia Dortmund), jogadores com pouco mais de trinta anos que costumavam se destacar em seus clubes.
O mundo do futebol alemão lhe deu algum crédito até a catástrofe de Sevilha, onde a Alemanha sofreu sua pior derrota em jogos oficiais na história (já levou 9 a 0 em amistoso contra a Inglaterra em 1909) em uma partida em que a seleção alemã ficou totalmente entregue no segundo tempo, deixando os espanhóis jogarem à vontade.
Desde então, os apelos à demissão de Löw se multiplicaram, visto que os seus opositores consideram necessário ter um novo treinador a tempo de se preparar para a Eurocopa, remarcada para 2021. Nesse torneio, a tetracampeã mundial vai jogar no grupo considerado mais difícil, com França, Portugal e Hungria.
Fonte: GE
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