Time carioca terá que buscar a vaga contra o River Plate na Argentina
O Fluminense tinha a vantagem de um empate, jogava em casa e enfrentava um Junior Barranquilla desfalcado de seus principais atletas (Borja, Téo Gutierrez e Hinestroza). Era só carimbar a vaga para as oitavas de final da Libertadores com uma rodada de antecedência, mas não rolou. O Tricolor perdeu sua invencibilidade no torneio na noite de terça-feira (18) e saiu do Maracanã derrotado por 2 a 1 pelo time adversário. O que os tricolores mais temiam aconteceu: a vaga que estava em mãos agora terá que ser buscada no último jogo, contra o River Plate, fora de casa.
Mas o que explica a primeira derrota na competição? Após tantas críticas pela equipe não render na primeira etapa, Roger Machado decidiu mudar peças para tentar modificar o panorama e buscar o triunfo sem pensar na vantagem do empate. De certa forma, deu certo. Embora ainda reativo e sem grande volume, o Fluminense criou oportunidades e fez talvez os seus melhores 45 minutos iniciais nesta Libertadores, mesmo sofrendo um gol. Porém, em meio à maratona de jogos, o time gastou o que tinha de fôlego antes do intervalo e inverteu o panorama: na etapa final, pouco conseguiu jogar.
Individualmente as alterações não surtiram o efeito desejado. Um dos mais pedidos pela torcida, Cazares ganhou a sua primeira oportunidade como titular na equipe considerada principal. Logo de cara, deu um lindo lançamento para deixar Kayky sozinho com o goleiro, mas depois disso nada se viu. Se Danilo Barcelos por um lado não cometeu nenhum grande erro defensivo, como seu concorrente Egídio vinha cometendo, por outro o time acabou perdendo muito em apoio ao ataque pela esquerda. E sem Nenê na batida, a bola aérea não funcionou nenhuma vez.
Das quatro chances claras do Tricolor no jogo, três foram na primeira etapa: com Kayky, Luiz Henrique e Fred. A equipe chegou a passar a impressão de que resolveria a partida quando quisesse. O passe de letra de Fred para Luiz Henrique, por exemplo, foi claramente um recurso técnico em direção ao gol, para acelerar a bola. Mas para executar um passe desse em uma jogada promissora, correndo risco de perder um contra-ataque, é preciso que o atleta esteja confiante. Outros também, falharam em passes e finalizações.
Quando Roger deu um voto de confiança à formação inicial para a segunda etapa, acabou castigado com o gol de Cetré, o segundo do Junior Barranquilla e que abalou o Fluminense. O técnico então lançou suas alterações já frequentes, trocando o ataque inteiro: Caio Paulista, Gabriel Teixeira, Nenê e Abel Hernández nos lugares de Kayky, Luiz Henrique, Cazares e Fred. Só na última substituição ele se arriscou e lançou Bobadilla no lugar de Martinelli, ficando com dois homens de área em campo. Mas de nada adianta se a bola não chega para eles. Neste caso, Ganso poderia ser a melhor opção.
A queda de rendimento no geral não é de hoje e desde a semana passada está cada vez maior. Na vitória por 2 a 1 sobre o Santa Fe, também da Colômbia, o Fluminense foi dominado pelo oponente e ganhou com gol de contra-ataque. Na final do Campeonato Carioca, no empate em 1 a 1 diante do Flamengo, o Tricolor também foi envolvido até conseguir jogar nos minutos finais. E na derrota para o Junior Barranquilla, marcaram bem a saída de bola tricolor, e faltou perna para muitos, principalmente Yago e Martinelli.
O Fluminense vai passando a maratona de partidas sem lesões até o momento, mas as pernas pesadas não têm como evitar. Até o segundo e último confronto da final do Carioca, no próximo sábado (22), às 21h05 (de Brasília), no Maracanã, o Flu terá apenas três dias para descansar o elenco e tentar recuperar o seu futebol. Após 68 horas, a equipe de Roger Machado irá encarar o River Plate às 19h15 (de Brasília) em Buenos Aires, valendo a vaga nas oitavas de final. Os jogadores tricolores se reapresentam na tarde desta quarta-feira (19) no CT Carlos Castilho.
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