Flamengo aposta na base na estreia do Brasileirão Feminino Sub-18

Carol Pereira (centro) é zagueira do time feminino sub-18 do Flamengo
Carol Pereira (centro) é zagueira do time feminino sub-18 do Flamengo — Foto: Marcelo Cortes/CRF

Zagueira Carol repassa tradição do futebol na família, desafios da pandemia e história no clube

O Flamengo inicia sua trajetória no Campeonato Brasileiro Sub-18 nesta quarta-feira (27), às 10h30 (de Brasília), diante do Fortaleza. A primeira fase do torneio acontece na “bolha” de Sorocaba, no interior de São Paulo, umas das sete cidades do estado que saiu da fase laranja para a vermelha no Plano SP. No total, serão 24 times alojados na estrutura do CT do Atlético Sorocaba em seis hotéis da região.

A disputa deste Brasileirão Feminino Sub-18 é referente à temporada do ano passado, já que alguns torneios de base foram adiados devido a pandemia do novo Coronavírus. A crise sanitária impactou diretamente no planejamento dos clubes, inclusive do Flamengo, como conta a zagueira Carol Pereira em entrevista ao Globo Esporte.

“No início foi bem difícil, mas o clube nos deu muito suporte. Foram organizados horários de treino por vídeo chamada em horários livres, quando não estivéssemos tendo aula à distância, por exemplo. Assim que foi liberado o retorno dos treinos do time principal, por conta do Brasileirão A-1, fui convocada para treinar com elas. (…) Me ajudou a estar mais confiante e preparada”.

Além do Flamengo, o Grupo E do Brasileirão Feminino Sub-18 ainda tem Botafogo e os estreantes Goiás e Fortaleza. Na última edição, em 2019, o Flamengo se despediu do torneio na segunda fase. “Acredito que nenhum jogo será fácil, mas daremos o nosso melhor para conquistar a vitória jogo a jogo e sucessivamente, a classificação”, analisa Carol Pereira.

Tida como uma das joias da base rubro-negra, Carol foi selecionada na peneira que originou o projeto feminino sub-18 do clube, em 2019. No Flamengo, ela teve sua primeira experiência no futebol de campo – uma paixão herdada principalmente do pai Wellington e do tio Wagner, seus grandes incentivadores.

A motivação não é à toa: na juventude, Wellington fez testes para jogar no Flamengo e foi aceito. Wagner, por sua vez, seguiu carreira profissionalmente em clubes pequenos do Rio de Janeiro. Por razões familiares, ambos abandonaram os gramados. Carol Pereira, hoje, é a grande representante da paixão na família. “Eles me incentivaram muito quando viram que futebol também é minha paixão. Jogar em um clube tão grande como o Flamengo é a realização de um sonho não só meu, mas deles também”, afirma.

Carol é uma das jogadoras à disposição de Marcos Gaspar, treinador da equipe sub-18 desde o início do projeto. A experiência do treinador que já comandou as categorias sub-17 e sub-20 da seleção brasileira feminina, é vista com bons olhos pela atleta.

“O Marcos é um excelente profissional. Além de tudo, é como um pai para todas nós. Eu confio totalmente no trabalho dele, é de extrema importância ter alguém com tanta experiência no comando. Acredito que por ele estar com a gente desde o início, isso influencia na qualidade da nossa equipe, que está cada vez trabalhando mais e buscando excelência”, conclui.

Após a estreia contra o Fortaleza, o Flamengo tem clássico marcado com o Botafogo na sexta-feira (29), às 8h (de Brasília). No domingo, às 15h30 (de Brasília), o Flamengo encara o Goiás pela 3ª rodada do Brasileirão Feminino Sub-18.

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