Equipe está nas quartas de final da Copa do Brasil após sufoco contra Fortaleza
O técnico do São Paulo, Fernando Diniz, elogiou seu elenco após o empate por 2 a 2 com o Fortaleza, com posterior vitória por 10 a 9 nos pênaltis, resultado que classificou o time para as quartas de final da Copa do Brasil.
“Emocionalmente o time foi perfeito ontem depois que tomou o empate. Naturalmente era para a equipe ter se abatido, mas aconteceu o contrário. Se você ver antes das cobranças de pênalti você percebe o envolvimento dos jogadores, a crença e não teve abatimento em nenhum momento. Teve perseverança, compreensão, senso de união”, disse o treinador.
“A energia que eles conseguiram mobilizar fez toda a diferença, junto com o treinamento. Nós treinamos muitos pênaltis, não teve casualidade. Todos os jogadores treinaram cobranças de pênaltis, porque era algo possível de acontecer”, completou.
O Tricolor paulista chegou a abrir uma vantagem de 2 a 0 e encaminhar a classificação no tempo normal, mas a equipe de Rogério Ceni conseguiu arrancar um empate nos minutos finais. De acordo com Diniz, os atletas do São Paulo souberam se comportar após os dois gols sofridos, evitando o abatimento
Fernando Diniz também falou sobre as substituições que fez durante o jogo. O São Paulo terminou a partida com quatro zagueiros (Diego, Bruno Alves, Arboleda e Léo) – e, mesmo assim, levou um gol de cabeça aos 46 minutos do segundo tempo.
– Quanto às substituições, tem que fazer a análise de quando o jogo estava 2 a 1. Qual a substituição a ser feita? Se a gente tivesse feito o terceiro gol com Luan, a pergunta teria a mesma pertinência? O desempenho não muda. A gente não tava conseguindo fazer pressão alta, ia ter que jogar de transição.
O treinador também falou sobre Daniel Alves. E defendeu o principal astro da equipe, muito criticado contra o Fortaleza.
– Ele entrega muitas coisas, falo desde o ano passado. Teve momentos de cobrança. Ele entrega mais do que vocês imaginam. É nossa maior referência. Ele entrega muitas coisas, no campo daria para ver também, mas a gente enxerga mais as coisas superficiais, quando erra um passe ou acerta. Tem taxa de trabalho sempre grande, corre o tempo todo, sempre bate recorde no GPS. Coloca todo mundo para cima, tem frieza para decidir, espírito de luta invejável. É um grande privilégio ter o Daniel.
Após superar o Fortaleza, o São Paulo se prepara para um novo jogo decisivo. Na quarta-feira, o time de Fernando Diniz visita o Lanús na Argentina, na partida de ida da segunda fase da Copa Sul-Americana.
Outros assuntos da entrevista
Desgaste
– O time está cansado, mas vai saber se recuperar. O calendário está apertado para muita gente. Mas o pessoal da comissão técnica faz um trabalho para deixar os jogadores da melhor forma possível. Saber jogar, saber descansar, saber treinar. Entre um jogo e outro, a gente tenta treinar o que dá. Temos muita informação em vídeo. É apertado, mas temos que saber se virar. Temos que entregar resultado.
Respaldo da diretoria
– Aqui, internamente, sempre tive muito respaldo, fui valorizado. Fora, a gente oscila conforme os resultados. A gente tem que ganhar jogos e campeonato, para o torcedor é isso. Só se satisfaz com resultado, vitórias, títulos. Temos que continuar trabalhando, mas o trabalho em si frutifica. Time tem jeito de jogar, está cada vez mais sólido, soube passar por muitas provações.
Variações no estilo de jogo
– Quando se tem um plano e uma maneira de jogar, sempre vai ser mais eficiente do que um plano B, no nosso caso, quando tem que baixar as linhas. Você fica pressionando o tempo todo, mas em determinado momento tem que baixar. Marcar em linha baixa é mais fácil do que marcar lá na frente. Quando baixa o bloco, você fica com menos campo para cobrir. A gente tem oferecido mais chance ao adversário. Tem a contextualização do jogo, às vezes no momento que acontece o adversário tem que se lançar ao jogo, como foi ontem. É difícil você ter as coisas de maneira muito equilibrada
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