Tricolor não chega a semi desde 2015 quando foi desclassificado pelo Santos
Após um tempo de fragilidade vestindo a camisa do São Paulo, com diversas críticas da torcida, Daniel Alves volta a ser um dos protagonistas do clube e agora tem a função de levar o time paulista à semifinal da Copa do Brasil após cinco anos sem participar desta fase da competição.
Nesta quarta-feira (18), o Tricolor entrará em confronto com o Flamengo, às 21h30 (de Brasília), pela partida de volta das quartas de final. O primeiro confronto resultou em 2 a 1 com o São Paulo levando a melhor, que agora possui vantagem do empate. O time paulista chegou à semi pela última vez em 2015, quando terminou sendo eliminado pelo Santos.
O camisa 10 da equipe tornou peça fundamental para que a vaga seja alcançada. Nas últimas partidas, o meia participou diretamente de gols importantes para o time e fortaleceu a marcação no meio de campo.
No último sábado (14), por exemplo, Daniel deu o passe para o gol de Luciano, que foi responsável pela vitória do Tricolor sobre o Fortaleza, por 3 a 2 pelo Campeonato Brasileiro. O jogador também foi o causador de um dos gols e deu duas assistências na vitória por 4 a 3 contra o Lanús, pela Copa Sul-Americana.
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Contra o Flamengo, na última quarta-feira (11), a postura do meia foi bem falada. O atleta atuou bem na marcação em cima de Gérson, embora tenha cometido um pênalti sobre o adversário, mas complicou a articulação de jogadas no meio de campo.
O cenário, no entanto, era outro no mês passado. Parte da torcida caiu em cima do comportamento do jogador ao ver Daniel tocando um instrumento musical com o mesmo braço que havia operado dias antes.
As péssimas atuações em campo logo após a volta da lesão só dificultaram a relação com aqueles que já estavam descontentes com o atleta. Nesse meio tempo, a eliminação na fase de grupos da Libertadores piorou ainda mais a situação.
Na semana da queda no torneio continental, alguns integrantes da torcida organizada do Tricolor foram em frente ao CT da Barra Funda e reivindicaram, principalmente, o camisa 10 da equipe.
“Ô, Daniel, quebra meu galho, vai tocar samba lá na casa do c…”, foi um dos protestos dos torcedores contra o meia, recordando o episódio da batucada.
Apesar das atuações bem abaixo das que o jogador costumava apresentar, Daniel Alves não saiu do time titular do São Paulo. O treinador Fernando Diniz, inclusive, começou a ser interrogado sobre a razão de nem sequer substituir o atleta. E ele ficou ao lado do camisa 10.
“Entrega muitas coisas, falo desde o ano passado, teve momentos de cobrança. Ele entrega mais do que vocês imaginam, é nossa maior referência. Ele entrega muitas coisas, no campo daria pra ver também, mas a gente enxerga mais as coisas superficiais, quando erra um passe ou acerta. Tem taxa de trabalho sempre grande, corre o tempo todo, sempre bate recorde no GPS. Coloca todo mundo para cima, tem frieza para decidir, espírito de luta invejável. É um grande privilégio ter o Daniel”, disse Diniz em uma das ocasiões.
Fonte: Globo Esporte