Entenda as razões que fazem o Timão acreditar que o técnico é o ideal para o time
No aguardo da resposta de Renato Gaúcho, que pode sair nesta quinta-feira (20), o Corinthians tem convicção de que o técnico é o nome certo para a vaga deixada por Vagner Mancini. A certeza é tamanha que a diretoria não trabalha com plano B, pois não há consenso sobre quem, além de Renato, mudaria o panorama do clube.
A segurança corintiana se baseia em alguns pilares que serão apresentados abaixo, a maioria deles relacionados ao último trabalho de Renato no Grêmio. A análise foi feita pelo Globo Esporte.
Captação x Dinheiro
Renato Gaúcho é visto como alguém capaz de captar atletas baratos e transformá-los em peças extremamente úteis. Foram várias as apostas de nomes em baixa que acabaram dando certo no Grêmio. Não só por escolha de Renato, mas também por necessidade financeira da diretoria gremista.
Em processo de estruturação, em 2017, o time gaúcho contratou o lateral-esquerdo Bruno Cortez, que havia atuado pela Série B pelo Atlético-GO. O lateral Léo Moura, em fim de carreira, também deu certo. O atacante Lucas Barrios, reserva no Palmeiras, à época, foi útil. Assim como o meia Cícero.
Há mais exemplos, como o dos atacantes Jael e Diego Souza. Todos chegaram desacreditados mas entregaram na equipe. No Corinthians, o cenário deve ser parecido. O clube não pretende fazer grandes contratações, mas entende ser possível estudar criteriosamente o mercado em busca de reforços.
Vale dizer que essa estratégia não deu certo com 100% dos atletas. Alguns não renderam no Grêmio, frustrando os planos, como os meias Thiago Neves e Robinho.
Retorno financeiro e uso da base
Na esteira do item acima, o treinador também desponta com a capacidade de recuperar atletas em baixa técnica para que, futuramente, isso volte ao clube em forma de dinheiro em negociações. Não é segredo que o Corinthians precisará vender atletas e, para isso, precisa valorizá-los diante dos olhos do mercado.
Ainda sobre o trabalho no Grêmio, usar a base, como faz o Corinthians neste ano, era política. Não foram poucos os jovens de até 21 anos que brilharam sob o comando de Renato. Vários tiveram a primeira oportunidade com o ex-treinador: Matheus Henrique, Pepê e Jean Pyerre, por exemplo.
O Corinthians vê como fundamental o crescimento de jogadores da base na equipe principal para futuramente conseguir fazer o caixa girar.
Gestão de grupo e liderança
Renato é visto como um bom gestor de grupo e do próprio trabalho. Gosta de participar de todos os processos que envolvem o clube, de departamento médico às negociações. No Grêmio, conservou boas relações, e com perfil nato de liderança soube conduzir boas temporadas.
O treinador tinha relação direta com o presidente Romildo Bolzan, sem “picuinhas”. Renato também é visto como alguém capaz de suportar a pressão imposta em um cargo como o que terá caso feche com o Corinthians. Tem “costas largas” e não se intimida diante de situações adversas.
Conservar um bom relacionamento com as pessoas, principalmente com os atletas, é visto pela diretoria do Corinthians como um ponto importantíssimo na escolha de um comandante.
Aceitação da Fiel
Embora não seja definitiva, a torcida tem peso relevante para a diretoria na escolha do novo técnico. Quando surgiram os primeiros rumores do interesse do Corinthians em Renato Gaúcho, a aceitação foi imediata.
Criou-se, inclusive, uma campanha #AceitaRenato, mobilizando milhares de perfis no Twitter para chamar a atenção de Renato.
A recepção incontestavelmente positiva ao nome do treinador de 58 anos deu à diretoria ainda mais convicção de estar no caminho certo para colocar o Timão nos eixos.
Tudo isso tornou Renato com segurança a melhor escolha no mercado atualmente, na avaliação do clube.
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