Corinthians perde de W.O no NBB após surto de Covid

Corinthians, de Ricardo Fischer, perdeu para o Minas por WO nesta segunda — Foto: Divulgação / LNB
Corinthians, de Ricardo Fischer, perdeu para o Minas por WO nesta segunda — Foto: Divulgação / LNB

Passando por um surto de Covid-19 em seu elenco, o Corinthians não entrou em quadra para enfrentar o Minas nesta segunda-feira pelo NBB (Novo Basquete Brasil) e acabou derrotado por W.O.

Na noite deste domingo, o clube pediu o adiamento das duas partidas que realizaria essa semana – contra os mineiros e contra o Fortaleza -, e não foi atendido pela Liga Nacional de Basquete (LNB), entidade que gere a competição. O caso revoltou o armador corintiano Gegê Chaia. Em postagem em uma rede social, ele deu razão à diretoria do Timão, e desabafou quanto à situação atípica vivida nesta segunda.

– Tristeza! Hoje perdemos um jogo para um vírus! Nunca imaginei passar por uma situação dessa, porém com toda certeza foi uma decisão acertada do @sccorinthians.basquete em preservar pela saúde de todos! Que isso tudo passe e acabe logo, enquanto isso todos continuem se cuidando – escreveu Gegê.

Por conta do surto de coronavírus no elenco, o Corinthians interrompeu suas atividades no basquete por cinco dias. Na nota divulgada neste domingo, os nomes dos jogadores infectados não foram divulgados.

Segundo a nota corintiana, divulgada no último domingo (13), o clube solicitou à Liga Nacional de Basquete (LNB), organizadora do NBB, o adiamento das partidas. Como o regulamento da competição não prevê que os jogos sejam postergados em função da covid-19, o pedido foi rejeitado.

“O Corinthians compreende o posicionamento, com a certeza de que o mesmo critério será aplicado em eventuais futuras solicitações. Entretanto, colocando como prioridade a saúde de todos os profissionais envolvidos, o Corinthians não disputará as próximas duas partidas do NBB. Cuidaremos para a breve recuperação e um retorno ainda mais forte”, informa o comunicado.

A LNB também se manifestou por meio de nota, recordando que, em reunião do Conselho de Administração, em outubro, todos os clubes – entre eles, o Corinthians – decidiram, de forma unânime, pelo não adiamento de jogos por casos positivos do vírus no elenco. Ainda segundo a Liga, as agremiações concordaram que se alguma equipe não fosse a quadra, seria atribuído a ela um W.O. técnico.

“Um não cumprimento do mesmo [regulamento] poderá abrir um precedente de alto risco para todas as equipes, para a competição e causar uma situação de desigualdade entre as mesmas”, justifica a entidade, no comunicado também emitido no domingo.

A Liga também argumenta que o calendário traz poucas alternativas para remarcação de jogos e que há necessidade de se concluir o primeiro turno do NBB até 12 de janeiro. Três dias depois começa o Super 8, torneio em formato mata-mata que dá vaga na próxima Champions League das Américas (a “Libertadores” do basquete masculino) e reunirá as oito melhores campanhas da primeira metade da temporada. “Neste caso, mesmo se fosse possível, o SCCP [sigla para Sport Club Corinthians Paulista] faria uma sequência de jogos nos dias 4, 6, 9, 10, 12 e 13 de janeiro, algo insano que comprometeria toda a sequência da equipe”, finaliza a nota.

O Corinthians ocupa a 10ª posição da edição 2020/2021 do NBB, com três vitórias e cinco derrotas. Pelo regulamento, os quatro primeiros colocados da primeira fase avançam direto às quartas de final, enquanto os times do quinto ao 12º lugares disputam uma fase anterior, em formato eliminatório. Com nove triunfos e um tropeço, o Flamengo lidera a competição, seguido por São Paulo (oito vitórias e uma derrota), Minas (sete vitórias e uma derrota) e Bauru (seis vitórias e duas derrotas).

Por conta da pandemia, a competição é disputada em sistema de sedes, para reduzir os deslocamentos e aumentar o controle sanitário. Segundo a LNB, em nota divulgada no início de dezembro, foram feitos 1.462 testes em atletas, membros de comissão técnica e árbitros nos 38 primeiros jogos do torneio, com 26 exames acusando o vírus (o equivalente a 1,78% do total). A Liga entende que o número considerado “baixo” se deve ao formato adotado para a temporada.

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