Equipe de Mancini fica apenas com o Brasileirão
Na noite da última quarta-feira (04), o Corinthians foi eliminado na Copa do Brasil após empate por 1 a 1 contra o América-MG. O time paulista não conseguiu levar a melhor no placar agregado já que os mineiros venceram o jogo passado na Neo Química Arena. O clube então foi desclassificado de mais uma competição contando com o fiasco da Libertadores no início do ano e a perda da final do Paulista contra o Palmeiras. O que resta para o Corinthians é o Campeonato Brasileiro.
Mais uma decepção de um clube que no papel não é ruim, mas na realidade acumula frustações de rendimentos individuais e coletivo além do esperado. Luan, o camisa 7 do clube, talvez seja o principal exemplo. Vem de uma grande contratação da temporada, com experiências para ser titular absoluto, porém vive uma fase preocupante de baixa técnica. No jogo de ontem (4), Luan só foi a campo após a substituição de quatro jogadores.
Com a lesão de Cazares, Vagner Mancini optou pela entrada de Everaldo, mesmo perdendo um articulador, em desvantagem de Luan.
Existe uma decepção natural com o trabalho de Thiago Nunes após nove meses, os números vão contra o mês de Dyego Coelho como provisório e não é descartada a possibilidade de questionar as opções de Mancini na partida que eliminou o clube na última noite, mas também é evidente a frustação com o elenco. Era possível ter feito mais.
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Sobre o jogo
O Corinthians iniciou o jogo em uma espécie de 4-2-3-1, com Matheus Vital indo pela esquerda e Matheus Davó novamente como centroavante. Cazares ficou com o papel de criação pelo meio do campo, jogando à frente de Éderson e Xavier e ao lado do meia Ramiro.
As estratégias traçadas pelo clube trouxeram problemas na etapa inicial do jogo e foram aos poucos sendo minadas mesmo com o Timão tendo 55% de posse de bola:
Sobraram erros de domínio e de passes (foram 61 passes incompletos contra 188 acertos);
Ocorreram apenas três finalizações do Corinthians;
O América-MG aproveitou todos os espaços deixados para chegar com tranquilidade à área do goleiro Cássio (ao todo foram dez finalizações em 45 minutos);
As bolas longas lançadas pela equipe corinthiana também não funcionaram (36 lances e apenas 14 corretos);
Cazares, o jogador mais criativo da equipe foi lesionado aos 32 minutos;
Entrada de Everaldo com Mateus Vital também não funcionou;
Matheus Davó participou pouco da partida (foram apenas cinco passes trocados).
O primeiro tempo não rendeu ao Corinthians. Restaram apenas 45 minutos do segundo tempo para a equipe tentar invertes o resultado diante o adversário.
“A estratégia montada foi de manter a mesma equipe que fez um grande jogo, talvez o melhor, contra o Internacional, não via razão para mexer, foi mantida na íntegra. Quando vi que no primeiro tempo não tinha evolução entre os setores, a parte de trás ficou muito tempo com a bola no pé, os volantes não conseguiam distribuir e nossa equipe ficou lenta. Diante de um time bem ajustado, que joga em velocidade, você sofre muito. Começou-se uma descompactação que não nos permitiu boas oportunidades”, falou Vagner Mancini.
No segundo tempo, Mancini mexeu no time: Xavier e Éderson no lugar de Gabriel e Cantillo. Começou um Corinthians mais intenso. Fagner converteu para o Timão após pênalti sofrido por Davó, diminuindo o placar. Por sorte dos mineiros, Lucas Piton tocou o braço na bola e novamente o jogo foi pausado para a cobrança da penalidade. Rodolfo marcou para o América-MG e o clube ficou com a classificação para a próxima fase.
Fonte: UOL Esporte