Diretor do COB, Jorge Bichara afirma que entidade prestará atendimento à judoca. Campeã olímpica está fora dos Jogos após não conseguir sucesso em recurso para reduzir pena
O Comitê Olímpico do Brasil lamenta a ausência de Rafaela Silva das Olimpíadas de Tóquio, no ano que vem. Depois de entrar com um recurso na Corte Arbitral do Esporte pedindo a redução da sua pena, a campeã olímpica da categoria 57kg recebeu a notícia de que o seu pedido foi negado. Com isso, ela está suspensa até novembro de 2021, o que a deixará fora dos Jogos Olímpicos.
Em posição enviada ao ge, Jorge Bichara, diretor de esportes da entidade, afirmou que o COB dará apoio à atleta. Ele ressaltou o histórico de superação de Rafaela em sua carreira.
– O COB lamenta a decisão e considera a ausência de Rafaela Silva uma grande perda para nossa equipe olímpica de judô e para delegação brasileira nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Rafaela sempre foi uma atleta exemplar, correta em suas condutas e extremamente profissional e, por isso, e diante das argumentações de sua defesa, acreditávamos na revisão e redução da penalização imposta pela Federação Internacional de Judô. O COB dará o atendimento possível para a atleta, observando o que a legislação permite para casos deste tipo. A campeã olímpica teve sua vida pautada pela superação e temos certeza que conseguirá atravessar mais essa adversidade para sair ainda mais fortalecida e retomar sua carreira esportiva de sucesso – afirmou Bichara.
Reprovada em exame antidoping durante os Jogos Pan-Americanos de 2019, Rafaela foi punida com dois anos exclusão do esporte, além de ter perdido as medalhas conquistadas no Mundial de Judô de 2019. Contudo, em janeiro deste ano, ela entrou com recurso na Corte Arbitral do Esporte pedindo a redução da pena.
A audiência do julgamento do recurso de Rafaela Silva aconteceu no dia 10 de setembro deste ano, iniciando às 7h30 e seguindo até 16h (horários de Brasília). A judoca fez um curto depoimento somente. O resultado saiu apenas nesta segunda-feira.
A CAS também decidiu retirar as medalhas conquistadas no Mundial de 2019: bronze no individual e o bronze por equipes. Mas a Corte Arbitral do Esporte não aceitou o recurso da Federação Internacional de Judô (FIJ) para aumentar a pena de Rafaela Silva para quatro anos.
Rafaela Silva foi pega no exame antidoping durante os Jogos Pan-Americanos de Lima, no Peru, em agosto de 2019. A PanAm Sports, que organiza essa competição, decidiu tirar a medalha de ouro da judoca, que foi conquistada na categoria leva (-57kg). No início de novembro de 2019, a carioca anunciou que entraria em uma suspensão voluntária, ou seja, antes do primeiro julgamento dela ser divulgado, parou de lutar oficialmente.
Brasil fecha o Masters de Doha sem nenhuma medalha
O Brasil se despediu do Masters de Doha, no Catar, sem medalhas. Nesta quarta-feira, os pesos pesados David Moura e Beatriz Souza chegaram disputar a repescagem, mas não avançaram e se despediram em sétimo lugar. Os outros cinco brasileiros em ação no último dia do evento foram eliminados na estreia.
O próximo evento do calendário da Federação Internacional de Judô (IJF) é o Grand Slam de Tel Aviv, em Israel, de 18 a 20 de fevereiro. A competição distribuirá até 1000 pontos para o ranking, 800 a menos do que o Masters de Doha. Antes deste evento a seleção brasileira passará 10 dias treinando em Pindamonhangaba, no estado de São Paulo.
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