Em sua terceira luta no UFC, peso-pesado brasileiro acredita que rival deste sábado é o oponente “com menos recursos” que terá enfrentado na companhia
Carlos Boi não costuma fazer média com seus rivais nas entrevistas. Sempre esbanjando confiança, o peso-pesado (até 120kg) costuma provocar seus oponentes e desta vez, não será diferente. No próximo sábado (16), o brasileiro encara Justin Tafa, seu terceiro adversário desde que foi contratado pela companhia, no “UFC: Holloway x Kattar”, na Ilha da Luta, em Abu Dhabi (EAU). E o que oferece menos perigo, segundo ele.
“Ele é um bom lutador, duro, um cara que tem poder de nocaute muito grande, mas acredito que sou mais completo do que ele, tenho estilo de luta mais dinâmico, posso chutar, derrubar, se ele me botar no chão, o que duvido muito que vá acontecer, sei que consigo me virar. Tenho um arsenal de golpes muito maior que ele, mais agilidade. Ele tem poder de nocaute, mas depende de um ou dois golpes. É um jogo fácil de mapear. O Yorgan é um cara que tem muitos chutes, boas mãos também, adversário completo na parte de trocação. Spivak também é muito completo, não estou desmerecendo meu adversário, sempre gosto de pensar que é o mais duro que já enfrentei, mas analisando tecnicamente é o adversário que tem menos arsenal, menos recursos na luta”, analisou Boi, em entrevista ao Combate.com.
Depois de ser derrotado por Sergey Spivak na estreia e vencer Yorgan de Castro, Boi acredita que irá mostrar uma melhor versão no evento deste sábado. “Com certeza será um lutão, pode anotar aí, vocês sabem que vou para a frente o tempo todo e acho que ele não vai aguentar meu ritmo, como o Yorgan aguentou. O Yorgan aguentou bem, apesar de não ter feito nada no terceiro round. Justin Tafa com certeza não aguenta, vou no ritmo maior ainda. Na primeira luta fui com 30% da capacidade, na última com 60%, nessa vai ser uns 90% e depois 100%. Vou crescendo cada vez mais”, prometeu.
Para cumprir o que disse, Boi deu ênfase à preparação física para aguentar os três rounds caso seja necessário. Nas duas primeiras lutas no UFC, o brasileiro sofreu com o cansaço nos últimos assaltos.
“Priorizei muito o cardio, a preparação física. Sempre priorizei. Muita gente fala que meu condicionamento é ruim, mas se você parar para ver, em todas as minhas lutas desde o começo da carreira, eu posso estar morto no terceiro round, mas meu adversário está muito pior que eu. Sempre foi assim, sempre será. Mas claro que posso melhorar muito. Cheguei um pouco mais magro para a luta. Não vou dizer de peso porque é praticamente o mesmo peso, mas de aspecto físico mesmo. Estou mais seco, mais ágil. Pode ter certeza de que a luta vai ser um show, podem anotar e me cobrar depois da luta”.
Na última terça-feira (12), Boi completou 26 anos e afirmou ser a primeira vez que passou seu aniversário na semana de uma luta. “É um aniversário diferente demais. Nunca passei aniversário assim em semana de luta, nem perto de luta, mas para mim não muda nada. Só vai mudar que meu presente vai chegar com quatro dias de atraso. Meu presente chega sábado”.
Sobre o resultado da luta, Boi acredita que conseguirá o nocaute técnico diante de Tafa. “Espero que ele esteja pronto para brigar, um round, dois rounds, três rounds, que venha com sangue no olho porque vou com sangue no olho. Se ele pode bater, bato também. Chute, cotovelo, joelhada, tudo. Eu gosto da violência. Na minha opinião termina no nocaute técnico. Ele não vai aguentar o ritmo, vai acabar se entregando, amolecendo até o ponto que vai acabar no nocaute técnico”, concluiu.
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