Seleção feminina faz sua melhor partida e se impõe sobre as rivais. Com a vitória, o Brasil soma o seu terceiro triunfo na competição
O Japão costuma exigir paciência. Mas, nesta segunda-feira (31), a seleção brasileira mudou o roteiro na bolha de Rimini. Em sua melhor atuação na Liga das Nações, a equipe de José Roberto Guimarães não teve muitas dificuldades para vencer as adversárias asiáticas. Até se permitiu a um cochilo na reta final, mas encerrou o jogo em 3 sets a 0, parciais 25/15, 25/19 e 25/21.
Resumo do jogo
Em um processo de evolução rumo às Olimpíadas, a seleção brasileira deu alguns passos à frente diante das adversárias. Nesta segunda, o Brasil mostrou muita força no bloqueio – tanto com as centrais, Carol e Carol Gattaz, mas também com Gabi, Tandara e Macris. Foram no total 11 pontos no fundamento. O saque também evoluiu, causando estragos na linha de passe das japonesas, assim como a defesa, dificultando a virada de bola do Japão.
O ataque voltou a encaixar. Fernanda Garay, Gabi e Tandara, principalmente na reta final, assim como as centrais, deram boas opções a Macris durante toda a partida. Rosamaria, que fez sua estreia na competição, também apareceu bem na definição das jogadas.
Próximo jogo
A seleção entra em quadra nesta terça-feira (1). A equipe de Zé Roberto vai enfrentar a Rússia, às 16h (de Brasília).
Como fica?
A seleção brasileira, agora, soma três triunfos e uma derrota, para os Estados Unidos. São nove pontos no total. O Brasil ainda depende dos outros resultados do dia para definir sua colocação na classificação geral da Liga das Nações.
Os números
Fernanda Garay – 21 pontos
Tandara – 14 pontos – 3 pontos de bloqueio
Gabi – 10 pontos
Carol – 9 pontos – 4 pontos de bloqueio
1º set – Paredão e pancadas
Uma pancada de Tandara explodiu no bloqueio adversário e voltou para fora. Como em toda partida contra o Japão, o time brasileiro precisou exercitar a paciência, pelo menos no começo. Aos poucos, porém, o Brasil se soltou. Uma diagonal de Gabi, sem defesa do outro lado, fez a seleção abrir 9/5. Logo em seguida, a ponteira fechou a porta junto à rede e ampliou. O bloqueio, aliás, era uma das principais armas da seleção àquela altura – foram seis pontos no total no set. Em sua melhor atuação até aqui, a seleção brasileira viu a vantagem crescer sem muita dificuldade. Um ace de Gabi fechou a conta na parcial: 25/15.
2º set – Aula de bloqueio e vitória encaminhada
O Japão, que ainda não havia perdido nenhum set até o jogo de hoje, tentou reagir. Abriu 2/0 na saída da segunda parcial e adotou uma nova postura, mais agressiva. Mas a resposta do Brasil foi imediata. No bloqueio, Carol Gattaz fez com que a seleção abrisse 7/4. Não era somente o ataque que funcionava àquela altura. A seleção se multiplicava na defesa, principalmente com Gabi. Com 16/11 no placar, Zé deu espaço para Rosamaria fazer sua estreia na Liga, em inversão com Roberta também em quadra. As japonesas até ensaiaram uma reação, mas nada que ameaçasse tanto. Um levantamento perfeito de Gabi para o ataque de Fê Garay e, pronto, fim de papo no set: 25/19.
3º set – Japão ensaia reação, mas Brasil acelera e fecha a conta
O Japão, claro, quis reagir. E finalmente passou a dar trabalho para as brasileiras. Depois de um ataque para fora de Gabi, as adversárias abriram sua maior vantagem no jogo até ali, com 8/5 no placar. Mas, na volta do tempo técnico, o Brasil chegou ao empate após um ataque para fora de Okomura. A virada veio em forma de paredão de Carol sobre Koga, abrindo 10/9. A seleção brasileira, então, acelerou. Com autoridade, fechou o jogo em 25/21.
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