Brasil aumenta leque de esportes e vê chance de recorde de medalhas em Tóquio

Steven Lippman/Red Bull
Steven Lippman/Red Bull

O ciclo olímpico não foi fácil para o esporte brasileiro. O investimento das verbas públicas para o alto rendimento caiu 47%, o Comitê Olímpico do Brasil (COB) passou por um susto de quase perder sua principal fonte de renda, os patrocinadores privados fugiram dos atletas olímpicos, o ministério do esporte foi rebaixado para uma secretaria e, claro, o país como um todo vive uma crise política e econômica. Isso sem nem entrar na parte da pandemia, que é um caso à parte, em que os brasileiros estão sendo impedidos sucessivamente de chegarem aos locais de competição por conta dos altíssimos números de mortes por Covid-19 por aqui. Apesar de tudo isso, é muito possível que a delegação brasileira que vai aos Jogos Olímpicos de Tóquio bata o recorde de medalhas. A melhor marca, até o momento, é de 19 pódios, conquistadas na Rio 2016.

O segredo disso é o grande leque de possibilidades de esportes com chances de medalha. Há uma máxima no esporte olímpico que, quanto mais chances de medalha, mais vezes o país vai ao pódio. Parece algo óbvio, mas não é. Existe uma média que a cada três ou quatro possibilidades reais de medalha, o país conquiste uma.

Por isso, para chegar aos 20 pódios e bater o recorde histórico, a delegação precisa ter entre 60 e 80 chances reais de pódio. E isso é uma realidade para o esporte nacional atual. Faltando ainda uma série de Pré-Olímpicos a serem realizados, podemos cravar que o país vai ter chances reais de pódio dois terços dos esportes que serão disputados.

Desde os mais tradicionais por aqui em termos de medalhas, como são os casos de judô, vôlei (praia e quadra), futebol, vela, até os mais importantes do programa, atletismo e natação, passando por modalidades que só se desenvolveram recentemente por aqui, como canoagem, ginástica e boxe. Hipismo e taekwondo tiveram medalhas neste século e conseguiram resultados históricos nos últimos anos.

Alguns esportes podem conquistar uma medalha pela primeira vez na história, como são os casos de ciclismo, esgrima, tênis de mesa, levantamento de peso, wrestling, tênis e tiro com arco, que estão com atletas cotados para o pódio. Surfe, skate e karatê estão no programa pela primeira vez, e o Brasil está entre os primeiros do ranking nos três esportes.

Nas Olimpíadas do Rio, o Brasil foi ao pódio em 11 esportes, o mesmo número, por exemplo, do Japão, que ficou em sexto no quadro de medalhas. O leque maior de possibilidades, principalmente com as inclusões de surfe, skate e taekwondo, faz o Brasil sonhar com recorde de pódios.

Nadadora de 13 anos consegue a classificação para seletiva olímpica dos EUA

Claire Weinstein, anote esse nome. Aos 13 anos, a jovem nadadora conseguiu a classificação para o USA Olympic Trials, a seletiva olímpica americana. Atleta do Westchester Aquatic Club em New Rochelle, no estado de Nova York, ela garantiu a vaga ao nadar os 800m livre em 8min45s34, quando o índice para a seletiva é de 8min48s09.

Com a marca, Weinstein vai disputar a primeira etapa da seletiva americana que acontece de 4 a 7 de junho. Para poder estar na seletiva principal, de 13 a 20 de junho, ela precisaria estar entre os 38 melhores tempos do ranking nacional americano. Atualmente, ela é a 78ª colocada.

Outra possibilidade é que a novata fique nas duas primeiras posições dos 800 livre na primeira seletiva. Com isso, ela não dependeria do ranking para se classificar para a seletiva principal, a qual distribui vagas para os Jogos Olímpicos de Tóquio.

Os Estados Unidos não impõem limite de idade para a disputa do seu Trials. Em competições da FINA (Federação Internacional de Esportes Aquáticos), porém, o limite é 14 anos para o feminino e 15 para o masculino.

Como Claire Weinstein completa 14 esteve ano, ela estaria apta para participar de competições internacionais entre os adultos.

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