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Bayern Feminino vai enfrentar o Chelsea por vaga na decisão da Champions League

  • 4 min read
Jogadoras do Bayern de Munique comemoram um gol no FC Bayern Campus, onde o time manda seus jogos

“Nossa estrutura é comparável à do Lyan”, afirma Bianca Rech diretora da equipe alemã

É difícil imaginar o Bayern de Munique comemorando a classificação para a semifinal de uma competição como um objetivo alcançado. Mas como no futebol feminino a história ainda está sendo construída pela maioria dos grandes clubes, o sentimento na equipe alemã é de que a semifinal da Liga dos Campeões feminina, a segunda nos últimos três anos, representa a confirmação do crescimento do time.

Ainda assim, o DNA vencedor do clube bávaro sempre fala mais alto. Em entrevista exclusiva ao Globo Esporte e divulgada na íntegra, a diretora esportiva do Bayern Feminino, Bianca Rech, garante que a equipe está longe de se satisfazer com o que já alcançou e vai em busca do título inédito.

“Quando você chega à semifinal, está a um passo da decisão. São jogos que vão ao limite, a intensidade é tão alta que tudo pode acontecer”, afirmou a ex-jogadora alemã.

O rival da equipe alemã na semifinal é o Chelsea, líder do Campeonato Inglês e uma das principais forças da atual temporada na Europa. A partida de ida será neste domingo (25), em Munique, e a volta, em Londres, no dia 2 de maio.

“Acho que o Chelsea é um time incrível, com jogadoras de alto nível, e acho que elas estão na nossa frente em termos de qualidade, mas ainda assim acho possível vencê-las”, analisou a dirigente.

A Champions League Feminina terá um campeão inédito em 2021. A outra semifinal reúne dois finalistas recentes, Barcelona e PSG, ambos perderam na decisão pelo poderoso Lyon, em 2019 e 2017, respectivamente.

O PSG realizou no último domingo (18) o sonho de todos os grandes clubes europeus: superou o adversário francês nas quartas de final, encerrando uma sequência de cinco títulos consecutivos do Lyon e redefinindo o favoritismo para a reta final deste ano.

Distância para o Lyon é menor hoje, acredita Bianca

“Talvez a gente esteja ficando cansado de ver sempre o Lyon vencendo. É um pouco chato, queremos ver outro time ganhando o título”, brincou Bianca.

Mesmo fora da disputa, o maior vencedor da Champions League, com sete títulos todos conquistados na última década (2011, 2012, 2016, 2017, 2018, 2019 e 2020), ainda é a referência na Europa. E é justamente na comparação com o Lyon que Bianca vê o crescimento do Bayern Feminino.

“A nossa equipe feminina tem agora uma nova estrutura, existe a chance de reduzir essa distância. Nós treinamos no FC Bayern Campus, que foi construído em 2017. E as condições de infraestrutura, academia, tudo que temos lá, eu acho que posso dizer que nossa estrutura é uma das maiores da Europa, até mesmo comparável à do Lyon”.

Natural de Bad Neuenahr, na antiga Alemanha Oriental, Bianca Rech iniciou a carreira no SC 07, equipe da sua cidade natal, e logo chamou a atenção do FFC Frankfurt, um dos times mais tradicionais do futebol feminino alemão. Em 2002, foi campeã da primeira edição da Champions League Feminina, então chamada de Copa da Uefa.

“Foi um sentimento incrível. Os melhores clubes competiram naquela edição, e nós vencemos em casa, em frente à nossa torcida. Havia muitos torcedores, apesar do tempo ruim naquele dia. Foi a primeira edição, e jogar finais como aquela era impressionante”, relembra ela, citando a vitória por 2 a 0 na decisão contra o Umea, time sueco que viria a ser campeão europeu nas duas edições seguintes, a última delas liderada pela brasileira Marta.

Em quatro temporadas no Frankfurt, Bianca conquistou também três títulos alemães e três Copas da Alemanha. Passou pelo Sunnaná SK, da Suécia, antes de retornar ao país para atuar quatro anos vestindo a camisa no Bayern de Munique, entre 2006 e 2010.

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