Veterano marca três touchdowns e leva Tampa Bay a seu segundo campeonato na NFL; quarterback dos Chiefs é dominado pela defesa adversária
Nenhuma franquia na história da NFL tem mais títulos de Super Bowl do que o quarterback de 43 anos de idade. Neste domingo, o camisa 12 se sagrou heptacampeão ao liderar o Tampa Bay Buccaneers à vitória na grande final da temporada 2020-21 contra o Kansas City Chiefs, 31 a 9, em casa no Raymond James Stadium de Tampa (EUA).
“Os jogadores passam e as instituições ficam”. O ditado fomentado pela competitiva era profissional dos esportes não se aplica a Tom Brady.
O time é maior que o indivíduo, e o triunfo de Tampa Bay no Super Bowl LV teve muitos heróis além de Brady – seu maior parceiro, o tight end Rob Gronkowski, foi um deles, e os 11 homens da defesa foram outros. Mas a franquia Buccaneers conquistou apenas o segundo título de uma história de poucas glórias, que não tinha sequer uma aparição nos playoffs há 13 anos. O catalisador foi Brady, jogador mais vitorioso da história da NFL, agora com sete títulos no Super Bowl; os times mais vencedores da grande final, Pittsburgh Steelers e New England Patriots, têm seis cada – e todos dos Patriots vieram com Brady, que deixou a franquia justamente para provar que era mais do que apenas um produto de seu sistema. Está provado.
E provado num duelo contra um quarterback eleito como seu herdeiro como “dono” da liga. Patrick Mahomes, para muitos um jogador com potencial para suplantar Brady, teve uma das piores atuações da carreira, acossado pela linha defensiva dos Bucs, que engoliu uma linha ofensiva remendada dos Chiefs. O garoto de 25 anos recebeu uma aula do veterano de 43 anos, que, em contraste, teve uma de suas melhores atuações em dez aparições no Super Bowl, que rendeu seu quinto prêmio de Jogador Mais Valioso (MVP) da decisão.
– Estou muito orgulhoso desses caras aqui. Tivemos uma fase difícil em novembro, mas crescemos no momento certo. A gente sabia que este momento chegaria, não é? – discursou Brady ao receber o troféu.
Brady acertou 21 de 29 passes, conquistou 201 jardas e marcou três touchdowns, dois deles em conexão com Gronkowski, seu melhor amigo, que retornou da aposentadoria este ano para jogar com ele em Tampa Bay. Gronk conquistou seu quarto título em dez anos de carreira numa atuação com seis recepções para 67 jardas. Mahomes, por outro lado, foi sacado três vezes, interceptado duas vezes e terminou sem passes para touchdown.
Público limitado e homenagem aos médicos
Foi um Super Bowl diferente. Por conta das restrições para conter a propagação da Covid-19, apenas 25 mil pessoas foram permitidas no estádio, o menor público da história da final da NFL. Destas 25 mil, 7.500 foram profissionais da saúde vacinados, convidados pela liga como homenagem pelo trabalho essencial prestado durante a pandemia.
Antes da execução do Hino Nacional, o presidente americano Joe Biden apareceu numa mensagem gravada, exibida no telão, pedindo um minuto de silêncio pelas mais de 440 mil vítimas fatais do novo coronavírus nos EUA.
No intervalo, o cantor The Weeknd fez um pot-pourri com seus maiores sucessos, como Starboy, I Can’t Feel My Face, Earned It, The Hills e Blinding Lights. Mas diferentemente da maioria dos shows de intervalo do Super Bowl, geralmente montados no centro do campo, desta vez o palco estava nas arquibancadas, no fundo do estádio, e ele só foi para o gramado na última música.