América-MG e Chape têm briga pelo título da Série B mais acirrada desde início dos pontos corridos

Chapecoense chega a última rodada atrás do América-MG no critério de desempate
Chapecoense chega a última rodada atrás do América-MG no critério de desempate — Foto: Mourão Panda / América-MG

Clubes chegam na rodada final iguais em dois critérios de desempate

O América-MG chega na última rodada da Série B do Campeonato Brasileiro na liderança e com vantagem sobre a Chapecoense, segunda colocada, apenas pelo critério de desempate. Os times possuem campanhas idênticas em pontos, quantidade de vitórias e saldo de gols e protagonizam a disputa mais apertada pelo título desde a mudança de fórmula, em 2006.

Nunca duas equipes chegaram na 38ª rodada com igualdade de pontos. Inclusive, será apenas a quinta vez que a Segundona definirá o campeão apenas na última rodada. As outra vezes foram em 2007, 2012, 2014 e 2017, mas com o líder com maior vantagem no jogo final.

Líder em boa parte da competição, o Verdão do Oeste fez um turno quase perfeito, com apenas uma derrota. No entanto, viu a performance cair no returno. A derrota para o Operário-PR, na última segunda-feira (25), foi a quinta no campeonato, igualando o número do Coelho.

Os mineiros também passaram a tropeçar na reta final da Série B. O time comandado pelo treinador Lisca vem de 4 empates consecutivos, totalizando 13, assim como a Chape. São 19 vitórias para cada lado.

A mudança acontece quando passamos a falar em gols. Quando entrou em campo contra o Operário-PR, a Chapecoense levava vantagem de dois no saldo, mas viu a diferença acabar com a derrota por 2 a 0.

A partir disso, os times com as melhores defesas do campeonato viram o desempate favorecer a equipe que mais balançou as redes dos rivais. No caso, o América-MG, com 41 gols feitos contra 39 da Chapecoense.

Por isso, na última rodada, marcada para a próxima sexta-feira (29), às 21h30 (de Brasília), América-MG e Chape não dependem apenas de si. Nenhum resultado garante o título para algum deles. Restará então fazer o próprio dever de casa (ambos serão mandantes) e torcer por um tropeço do oponente.

América-MG recebe o Avaí, no Independência, enquanto a Chapecoense enfrenta o Confiança, na Arena Condá.

E se ambos vencerem?

Aí voltamos para os critérios de desempate. Hoje, ambos possuem o mesmo saldo de gols, mas é ele que pode definir quem ficará com o troféu da Série B. Suponhamos que o América-MG vença o Avaí por dois gols de diferença. Então a Chape precisará vencer o Confiança por três gols de diferença. E vice-versa.

Caso a diferença de gols dos dois resultados seja o mesmo, o critério passa para o número de gols marcados. A Chapecoense então precisará fazer três a mais que o rival mineiro. Se o Coelho vencer por 1 a 0, por exemplo, a Chape precisará marcar 4 a 3 no placar.

E se ambos empatarem?

O saldo de gols permanecerá em 19, então valerá o número de gols marcados. Se o América-MG empatar em 0 a 0, a Chape precisará empatar em pelo menos, 3 a 3. E assim sucessivamente.

E se ambos perderem?

Olho no saldo de gols. A equipe que perder por uma diferença menor ficará com a taça. Caso o Verdão seja derrotado por um gol de diferença, precisará torcer por uma derrota do América-MG por dois gols.

Se os dois times perderem pela mesma diferença de gols, volta a valer o número de gols feitos. Então, o América-MG torcerá para a Chapecoense não fazer três gols a mais que ele na rodada.

Desempate por cartões

O número de gols marcados é a vantagem atual do América-MG, mas caso a Chapecoense consiga igualar, tudo bem. O critério seguinte é o confronto direto. Como ambas as partidas entre as equipes acabaram empatadas, vale o critério seguinte: menor número de cartões vermelhos.

Nova vantagem para o América-MG, que é o time mais disciplinado da Série B. O Coelho é o único clube que não teve nenhum jogador expulso na competição. A Chapecoense teve três.

Se eventualmente o time mineiro tiver três atletas expulsos no último jogo, passam a valer os cartões amarelos. O Coelho levou apenas 58, enquanto a Chape acumula 91 advertências.

LEIA MAIS

Após sete anos, brasileiro volta a lutar boxe