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Menina de 13 anos brilha nas competições de natação do Troféu Brasil

    Foto: Arquivo pessoal

    De fã na Rio 2016 a recordista, Ágatha é considerada sensação da competição deste ano

    Se engana quem pensa que essa seria só mais uma história de uma menina apaixonada por esporte: ela vai além. A personagem da vez é Ágatha, encantada pelas piscinas e que possui um desempenho extraordinário na natação. “Acho que ela tem todas as características e perfil para uma atleta de seleção brasileira”, declara o treinador Antônio Henrique Barbosa, da equipe Aquanaii, de Brasília.

    Ágatha Amaral tem 13 anos e três índices conquistados para concorrer ao Troféu Brasil de natação, competição adulta que reuniu os principais nadadores do país na última quarta-feira (9), na piscina do Vasco da Gama, no Rio de Janeiro.

    “Eu fico muito feliz, porque é muito difícil pegar o índice. E, vixe, eu não sei o que falar”, ri a jovem esportista.

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    “E ela com cinco anos já competiu, ganhou uma medalhinha e ficou toda feliz, e a partir daí… ela não parou mais”, relembra a mãe, Adriana Marcondes Amaral.

    Em setembro deste ano, ainda com 12 anos, Ágatha superou o recorde do Distrito Federal nos 400m medley. Ao longo de 17 anos, a marca foi de Manuella Lyrio, atleta olímpica, também de Brasília, que possui nove medalhas em Jogos Pan-Americanos e declarou a aposentadoria, coincidentemente, no mesmo mês.

    Essa também é uma história de coincidências. Ágatha e Manuella são de gerações totalmente diferentes na natação, não se conhecem pessoalmente. Mas por um acaso da vida, elas possuem uma ligação de quatro anos atrás, por causa de uma touca: a utilizada por Manuella Lyrio nas provas das Olímpiadas do Rio.

    “Eu lembro de eu ter jogado a touca, mas eu não lembro qual prova que tinha sido, qual prova que eu saí e joguei”, falou Manuella.

    Momento memorável para essa garota que curtia as Olimpíadas na arquibancada. Uma nadadora de oito anos (na época), apaixonada pelo esporte, chamada Ágatha.

    “Quando eu peguei a touca dela, eu falei: ‘Meu Deus! Uma atleta olímpica me deu a touca dela!’”, relembra Agatha.

    “É muita coincidência eu ter jogado a touca para a menina de Brasília, que é a Ágatha, que coincidentemente nadava as mesmas provas que eu quando eu era mais nova e aí acabou batendo meu recorde! ”, relaciona Manuella.

    “Para aqueles meninos pequenininhos que ficam ali na beira da piscina, uma touca é um troféu. Então isso aí é que é toda a lição do esporte, sabe? ”. Declara a mãe.

    Assim como a touca, o recorde também virou de outra dona. Em outro acaso, só uma semana depois que Manuella Lyrio se aposentou das piscinas. E além dessa marca, Ágatha agora foi capaz de bater os recordes nacionais da própria categoria nos 200m costas, e também nos 200m e 400m medley, que são disputas com quatro estilos distintos de nado.

    “Será que um dia eu vou conseguir fazer isso? Será que um dia eu vou chegar aqui? Eu tenho vontade de ir para as Olimpíadas e pegar uma medalha de ouro. É o meu maior sonho na natação”, relata Ágatha.

    Aquelas ideias na Rio 2016 se transformaram em metas mais definidas. Para realizar os próprios objetivos na piscina e inspirar outras garotas apaixonadas por esporte.